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31 de mar. de 2011

EDUCAÇÃO

Estudantes protestam em frente ao Palácio Piratini

Grupo reivindica que 10% do PIB nacional seja destinado a educação

Cerca de 200 estudantes ligados a centrais sindicais protestam em frente ao Palácio Piratini, no centro de Porto Alegre, na manhã desta quinta-feira. O grupo reivindica que 10% do PIB nacional seja destinado a educação. Eles também reclamam de cortes de verbas destinadas à educação no Estado e tentam a criação de um fundo para o setor de educação a partir da arrecadação do pré-sal. A presidente do Cpers/Sindicato, Rejane Oliveira, acompanha a manifestação.

Por enquanto, o protesto não atrapalha o trânsito de veículos na região central da Capital. Essa é a sexta manifestação enfrentada pelo governo Tarso Genro desde o começo de seu mandato, em janeiro.

Fonte: correiodopovo.com.br 

24 de mar. de 2011

Estudantes realizam protesto em Porto Alegre no próximo dia 28


Os estudantes realizam manifestação em Porto Alegre no próximo dia 28 para protestar contra o corte de recursos da educação pelo governo federal e pela aplicação de 35% da receita líquida do Estado na educação.

A concentração será no campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), às 10 horas. Em seguida, os manifestantes se deslocarão até o Palácio Piratini, sede do governo gaúcho.

O protesto também reivindica a definição de um calendário para realização de concursos públicos para professores e agentes educacionais na rede estadual de ensino: implementação do piso nacional do magistério com extensão aos agentes, melhor infraestrura para as escolas; recuperação da Fapergs; resgate da Uergs; e a elaboração de um plano estadual de assistência estudantil.

Site do CPERS/Sindicato, com informações de Ludimila Fagundes, da Assembleia Nacional de Estudantes Livres (ANEL)

22 de mar. de 2011

POLÊMICA

O que é isso, companheira Luciana Genro?

Site do curso mostra parceria com a burguesia

Muitos militantes honestos da esquerda brasileira foram surpreendidos com denúncias oriundas da mídia burguesa acusando Luciana Genro de usar dinheiro de empresas para montar um curso de pré-vestibular em Porto Alegre. A revista Veja e outros meios de comunicação, vinculados aos grandes empresários brasileiros e à direita, aproveitaram o episódio para desmoralizar Luciana Genro – e junto a isso a própria esquerda brasileira que não se vendeu.

Reivindicamos a trajetória política de Luciana Genro, no entanto somos críticos aos caminhos que a mesma vem percorrendo desde 2006 – quando aceitou dinheiro da Gerdau na campanha eleitoral –, em choque com as expectativas de milhares de trabalhadores vinculados à esquerda. Esse grave erro foi repetido nas campanhas de 2008 e 2010, quando a ex-deputada recebeu dinheiro da rede Zaffari e de outras empresas, as quais financiam seu projeto Emancipa.

Alertamos várias vezes que a degeneração do PT e PC do B vem, diretamente, da aceitação de dinheiro dos empresários, da mesma forma que a sobrevivência dessas organizações deve-se ao dinheiro do parlamento. Esse é um caminho que poderá levar a adaptação política do PSOL e à defesa de políticas contra os trabalhadores. Gerações de militantes foram perdidas por caminho semelhante, escolhido pelas direções do PT e PC do B.

Neste sentido, somos totalmente contrários a essa iniciativa de Luciana Genro de montar um projeto educacional em parceria com grandes empresas, ao mesmo tempo que dizemos que a mídia burguesa não tem a mínima moral para atacá-la, pois defende e enaltece esse tipo de projetos.

Fazemos um chamado à companheira Luciana para que rompa com esse grave erro político: aceitar dinheiro dos inimigos dos trabalhadores, e mantenha-se coerente com sua história política, sob pena de jogá-la na lata de lixo, fazendo a alegria dos poderosos e desmoralizando os setores de Oposição de Esquerda ao governo Dilma e Tarso.

Defendemos que Luciana Genro volte a dar aulas, como uma professora normal, da mesma forma que milhões de docentes fazem diariamente. O PSTU defende que o salário dos parlamentares seja o mesmo do seu trabalho antes da eleição. Pois, na hipótese de perder o mandato, possa voltar a viver tranquila e dignamente como todos de sua classe. Também defendemos que o partido deve ser sustentado pelo dinheiro arrecadado da contribuição de filiados, militantes e amigos. Sem qualquer dependência do Estado ou dos patrões, para ter completa independência destes.

O CURSINHO VAI CONTRA A EDUCAÇÃO PÚBLICA E GRATUITA

A formação do cursinho, nas condições em que está sendo montado, é um grande passo no sentido de romper com o passado de esquerda de Luciana Genro. Um cursinho que objetiva arrecadar um milhão de reais de empresas parceiras do projeto, nos faz lembrar as parcerias de institutos como a fundação Bradesco, Unibanco/Itaú – que lucram bilhões, explorando o povo com os maiores juros bancários –, do projeto Ayrton Senna que impõe suas cartilhas, da fundação Mauricio Sirotsky Sobrinho que determina como e o que fazer nas escolas, e outras tantas, as quais, dentro das escolas estaduais, buscam torná-las empresas e ocupam o lugar que deveria ser do Estado e da comunidade escolar.

Todos sabem das dificuldades de milhares de jovens para entrar na universidade, mas não vale qualquer política para resolver este grave problema social. É preciso exigir o fim do vestibular, garantir mais verbas para as universidades públicas e a necessária ampliação das vagas, para que os filhos dos trabalhadores tenham acesso ao curso superior. O cursinho, nesta forma, vai contra esta luta histórica.

Na verdade, a formação deste pré-vestibular – além de um problema político grave – também afronta tudo o que os educadores engajados, que militam no movimento social, no CPERS em particular, sempre defenderam: o ensino público, gratuito e de qualidade. Como a própria Luciana reconhece, em entrevistas, o que ela está fazendo é parecido com uma ONG ou uma OSCIP.

Até pouco tempo, era um patrimônio de toda a esquerda, que deveríamos impedir as OSCIPS aqui no Estado. Também juntos – nós, o PSOL e os movimentos sociais não-governistas – denunciamos quando Lula aprovou, no Congresso, e sancionou a lei das Parcerias Público Privadas (PPPs), por entender que são parte da política geral do Estado Mínimo, do neoliberalismo, do beneficiamento particular do que deveria ser público. Mas, agora, o cursinho – que Luciana montou e gerencia – segue a mesma lógica das parcerias entre os patrões e o Estado: presta um serviço à população, visando lucro e benefício pessoal.
Companheira Luciana Genro, estas iniciativas não condizem com as bandeiras socialistas que deverias representar!

Porto Alegre, 22 de março de 2011.
Direção Estadual do PSTU - RS

21 de mar. de 2011

OBAMA NO BRASIL

Passeata reuniu 800 pessoas, antes de discurso de Obama

Protesto chegou até a Rua do Passeio, onde ato exigiu a libertação dos 13 presos políticos



Cerca de 800 pessoas fizeram uma passeata contra a visita de Obama, a entrega do petróleo e pela libertação dos 13 ativistas presos desde a sexta-feira, no ato em frente ao consulado. Eles chegaram até a Rua do Passeio, próximo da Cinelândia, já cercada por policiais da Tropa de Choque.


Ali, fizeram um ato político, com discursos e palavras de ordem, como "Fora já,fora já daqui. Obama do Brasil e Dilma do Haiti", versão renovada do que se cantou durante as invasões ao Iraque e Haiti. Por volta das 14h, os organizadores resolveram encerrar o protesto. "Nosso objetivo hoje foi cumprido, fizemos uma passeata vitoriosa e voltaremos aqui amanhã", afirmou Cyro Garcia, presidente do PSTU. Os manifestantes farão uma lavagem da Cinelândia e das escadarias do Theatro Municipal, na segunda, às 17h, para "apagar a presença de Obama", completa Cyro.

O protesto unificou as duas concentrações que ocorreram desde às 10h: uma em frente ao metrô da Glória, e outra, no Largo do Machado. Juntos, manifestantes percorreram o trecho até o Passeio Público. O protesto reuniu a CSP-Conlutas, CTB, Intersindical, MST, Jubileu Sul, MTL, Círculo Bolivariano e o movimento sem-teto. Muitos sindicatos compareceram, com destaque para o dos petroleiros e dos professores.

Entre os partidos, muitos militantes do PSTU, PSOL, PCB e PCdoB. A deputada estadual Janira Rocha (PSOL), que assina uma nota junto com outros parlamentares, participou da manifestação. Seguindo orientação do diretório estadual, o PT não esteve representado.

O discurso do PSTU foi feito por Zé Maria, que parabenizou os manifestantes. "Vocês, aqui no Rio, nos protestos que têm feito nestes dias, têm demonstrado que o apoio à vinda de Obama não há uma unanimidade. Vocês mostraram ao país e ao mundo que há motivos para protestar". Ele condenou a prisão e exigiu a libertação dos presos e também a retirada de todas as acusações contra eles.

Libertação dos presos


A solidariedade com os presos também fez com que muitos estudantes fossem ao ato, convocados pela ANEL, UNE, Ubes e diversos DCEs. Havia muitos estudantes secundaristas, entre eles diversoos amigos do jovem estudante do Colégio Pedro II, militante do PSOL, que está preso desde sexta, no Centro de Triagem da Ilha do Governador. As entidades de juventude devem lançar ainda hoje um manifesto unitário, pela libertação dos presos.

Cirlete Proença, mãe de Yuri e Gabriela, dois dos 13 presos, discursou na concentração do ato. Ela contou que o avô dos dois foi militante político, perseguido pela repressão. "Quando pequena, tivemos de nos mudar, fugir. Agora, que não há mais ditadura, os dois estão presos", comparou. Ela declarou ainda que vai continuar participando de todos os atos. Os pais e parentes dos presos formaram uma coluna no ato.

A arbitrariedade tem despertado muitas demonstrações de solidariedade. No ato de hoje, entre os manifestantes, destacavam-se os advogados Marcelo Cerqueira e Antonio Modesto da Silveira, dois símbolos das batalhas nos tribunais pelos presos políticos durante a ditadura militar. Modesto, de 84 anos, chegou a ser sequestrado pelo DOI-CODI e é autor da Lei da Anistia. Em 1999, ele recebeu a Medalha Chico Mendes, do grupo Tortura Nunca Mais, que também enviou mensagem de solidariedade aos presos.

Doze manifestantes estão ainda nos presídios de Bangu 8 e Água Santa. O outro, menor de idade, está em um Centro de Triagem. Neste sábado, o juiz de plantão negou o pedido de libertação do grupo, alegando ameaças à visita de Barack Obama.

Assine a petição pública

DEU NA IMPENSA:

Polícia age contra PSTU


O ato organizado pelo PSTU, do Rio, e pela Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), entre outras entidades, foi barrado ontem pela Polícia Militar e pelo Exército. A ideia dos manifestantes era realizar protesto, na Cinelândia, contra a presença no Brasil do presidente americano, Barack Obama.

- Correio do Povo, 21 de março de 2011

17 de mar. de 2011

OBAMA NO BRASIL

Enquanto o governo brasileiro, junto com a embaixada dos Estados Unidos, preparam um circo para receber Barack Obama, os movimentos sociais e organizações de esquerda também preparam uma recepção. Estão marcados dois atos públicos, um na sexta-feira, 18, às 16h, na Candelária, e outro domingo, quando Obama discursa na Cinelândia.


O PSTU produziu um cartaz que denuncia os acordos de livre comércio entre Brasil e Estados Unidos e a entrega do petróleo do pré-sal. “O imperialismo trocou de rosto, mas continua lançando suas bombas”, diz o anúncio. As invasões do Iraque, do Afeganistão e do Haiti – essa última tendo o Brasil no comando –, bem como a intervenção no Oriente Médio, também são alvos de protesto do partido.

“O imperialismo mudou de cara, mas a política da era Bush continua exatamente igual”, diz Cyro Garcia, dirigente nacional do PSTU e dirigente do partido no Rio. “Não podemos permitir que os Estados Unidos continuem saqueando as riquezas do Brasil e da América Latina e oprimindo os povos da região”, opina.

Da mesma forma, Cyro defendeu que “os EUA não pode invadir a Líbia nem ficar intervindo contra a revolução árabe, atacando a soberania dos povos do Oriente Médio, como faz há anos no Iraque e no Afeganistão”.

Os protestos também estão acontecendo no Twitter com a hashtag #ObamaOutOfBrazil, em resposta à hashtag criada pela embaixada norte-americana, #ObamainBrazil.

4 de mar. de 2011