No último dia 23 de
agosto, os professores do estado fizeram uma assembleia e decidiram por greve.
Os dois principais eixos eram o cumprimento do piso pelo governador Tarso Genro
(que hoje chega a R$ 1567,00 por quarenta horas semanais) e a suspensão do
politécnico (projeto votando em 2011 e aplicado em 2012) também do governo PT.
O politécnico é um
projeto da Frente Popular que visa à profissionalização dos alunos em conjunto
com o ensino médio. O projeto, em primeiro lugar, trabalha com uma lógica
mercantil, de profissionalização para melhor utilizar mão de obra para as
grandes empresas, além de baratear o custo da mão de obra especializada. Em
segundo lugar, a maioria das escolas não tem estrutura para aportar mais turnos
de aula, além de não contratar novos professores para tal. Essas são as
principais razões pelas quais professores e estudantes se unem em uma luta
contra esse projeto estadual de mercantilização da educação.
O governo Tarso tem
tratado os professores de uma forma muito agressiva, além de negar qualquer
tipo de negociação em relação às pautas principais. Os professores foram
duramente reprimidos em sua última manifestação na frente da casa do
governador, chegando até a levar bomba (veja o
vídeo).
Após os professores pressionares com uma ocupação na presidência da Assembleia Legislativa, para que essa intermediasse uma reunião com o Executivo, os professores realizaram uma reunião com representantes do governo na manhã do dia 11. A negociação com o comando de greve encerrou às 11h10min. Após duas horas, o sindicato saiu sem qualquer resultado, quanto suas principais pautas, por parte do governo que novamente se mostrou intransigente em negociar às reivindicações da categoria.
Apesar disso, a
negociação avançou no sentido do corte de ponto, já que decidiu-se que não haverá corte de ponto. Essa
ação permite que os trabalhadores da categoria voltem a fazer greve, já que
muitos recuaram pela ameaça do governador.
Na próxima sexta-feira,
dia 13 de setembro, haverá nova assembleia às 14h no largo Zumbi dos Palmares,
em Porto Alegre. O CPERS também cederá um espaço para que haja um encontro
estudantil dos que apoiaram a greve do começo ao fim, para discutir o
politécnico. Todos à próxima assembleia do CPERS!