Páginas

3 de nov. de 2015

DENÚNCIA SOBRE FECHAMENTO DA MWM EM CANOAS

Nesta quarta-feira (04), no plenário da Assembleia Legislativa do RS, o deputado Pedro Ruas (PSOL), estará denunciando o fechamento da segunda maior empresa metalúrgica de Canoas, fabricante dos motores da S-10 para GM, fábrica de caminhões e centro de distribuição de peças. Em Canoas, a MWM mantém também uma linha de montagem de caminhões da marca Navistar International. Depois de receber incentivos fiscais do governo, a empresa poderá desempregar mais de 1.200 trabalhadores, sendo que 600 já foram demitidos.


No final de fevereiro, a MWM rompeu contrato e não mais montará os motores para a General Motors (GM). O contrato com a GM valeria até 2018, mas a montadora irá transferir a construção de motores  para a  fábrica da GM em São José dos Campos  em São Paulo.  A estratégia da empresa era vender a fábrica para a montadora chinesa Sinotruk, entre outras montadoras de caminhões chinesa. Como não avançou a fábrica será fechada. Gerando desemprego e agravando a situação dos e das trabalhadoras da fábrica.

Existe uma grande omissão do sindicato dos metalúrgicos de Canoas e região, que ao invés de lutar pelo não fechamento da fábrica aceitou o acordo proposto pela direção da empresa, o que gerou indignação nos funcionários e funcionárias da empresa. Segundo o metalúrgico Vitor Luiz Schwertner, os trabalhadores estão “completamente decepcionados com atuação do sindicato”.

Após dois anos de crise na empresa e ameaça permanente de demissões em massa, a direção do sindicato nem sequer se manifestou no boletim da categoria para pelo menos noticiar o que estava acontecendo.

Um dos líderes dos trabalhadores da MWM , o operário Vitor, destaca ainda que o sindicato dos metalúrgicos não realizou reunião com os operários e operárias da fábrica, mas avalizou a proposta da direção da fábrica assim mesmo. Sem ouvir a categoria e se submetendo as regras proposta pela multinacional.

Segundo a proposta da empresa será concedido um bônus de 2,5 salário mais seis meses de plano de saúde e a liberação da fundo de previdência privada.

No entanto, os trabalhadores estão dispostos a lutarem para manutenção de seus empregos. Entre as ações previstas está à realização de denuncia na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira pelo deputado estadual Pedro Ruas (PSOL), também será enviada uma representação ao Ministério Público e a delegacia regional do Ministério do Trabalho.

Outra estratégia dos trabalhadores é a realização de um ato em frente à prefeitura de Canoas cobrando uma posição da Administração Municipal diante do fechamento da fábrica que deixará desempregado em torno de 1.200 trabalhadores em sua maioria moradores da cidade.

Segundo Vítor Schwertner, o sindicato negociou com a empresa duas opções para os trabalhadores : “Se nós queríamos morrer fuzilados no paredão ou numa câmera de gás. Nós queremos morrer lutando por isso estamos organizando diversas ações para denunciar e pressionar as autoridades e o sindicato a tomarem uma posição a favor dos trabalhadores e não a favor da empresa que tem como proposta apenas a demissão dos operários”.

Nenhum comentário :

Postar um comentário

Deixe sua opinião! O PSTU Gaúcho agradece sua participação.