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Sobre o PSTU

Somos o partido das lutas e do socialismo: queremos um mundo mais justo e igualitário, e só teremos isso com uma revolução


SOBRE NÓS

O PSTU é um partido formado por mulheres e homens comprometidos com a luta por um mundo mais justo e igualitário, um mundo socialista. Ao contrário dos demais partidos, o PSTU não prioriza as eleições, mas a ação direta como meio de transformar a realidade em que vivemos. É um partido composto por militantes que atuam no movimento sindical, estudantil e popular.

Mas para que um partido? Muitos ativistas engajados na luta sindical, estudantil ou em movimentos sociais e populares acreditam que sua luta diária seja suficiente. Acreditamos que só a luta muda a vida, porém, sem um sentido estratégico a essas lutas, para além do horizonte, suas conquistas tendem a ser temporárias nos limites do sistema capitalista.

NOSSA HISTÓRIA

Nosso partido foi fundado em 5 de junho de 1994, unificando diferentes organizações, grupos e ativistas independentes. A maioria dos que fundaram o PSTU veio de uma ruptura da corrente Convergência Socialista com o Partido dos Trabalhadores (PT). A CS considerava que esse partido não era mais uma alternativa estratégica para a construção de uma direção revolucionária no Brasil. 

A fundação do PSTU foi um exemplo de unificação de setores revolucionários, quando existiam – e ainda existem – tantas rupturas na esquerda. Durante dois anos, foram discutidos o programa e os estatutos do novo partido. Quando se chegou a uma proposta comum, aconteceu o congresso de unificação. 

Hoje, o PSTU é uma alternativa revolucionária e socialista implantada em setores fundamentais dos movimentos sindical e estudantil, no momento em que o reformismo começa a viver uma crise. Mas, para manter vivo o programa socialista, tivemos de romper com o PT. Depois da eleição de Lula, em 2002, saímos da CUT para construir a Conlutas (que depois se transformou na CSP-Conlutas) para, assim, afirmar um novo polo independente e de luta para o conjunto dos trabalhadores do país. 

Durante mais de duas décadas, milhões de pessoas esperaram para eleger Lula presidente para mudar o país. Em todos esses anos, o PT foi o partido majoritário da esquerda brasileira e educou toda uma geração de trabalhadores e jovens com a estratégia de acabar com o desemprego, distribuir a renda, fazer a reforma agrária e acabar com a corrupção. 

Mas o partido achava que seria possível realizar essas tarefas preservando a ordem capitalista, bastando eleger Lula presidente. As consequências deste projeto estão aí para todos verem. O PT abandonou qualquer compromisso com a luta da classe trabalhadora ao deixar de lado as bandeiras de transformações na estrutura socioeconômica do país, como a ruptura com o FMI. 

Os governos de Lula e Dilma não só mantiveram o projeto neoliberal no país como o aprofundaram. Os ativistas de todo o país devem discutir um novo projeto, uma nova alternativa, agora revolucionária. 

Um projeto revolucionário

Muitas vezes, vemos toda uma geração de ativistas consumida em tarefas sindicais, ou mesmo políticas do quotidiano, sem qualquer objetivo maior, sem um perspectiva estratégica. No entanto, sabemos que todas as lutas, e mesmo todas as vitórias, são parciais, transitórias, caso se mantenha o capitalismo. Mais dia, menos dia, uma conquista pode se perder. Ou chegamos à derrubada do capitalismo, ou tudo o que fizemos em anos de militância pode ser perdido. 

Se temos clara a necessidade estratégica de derrubar o capitalismo, teremos clara a necessidade do partido revolucionário. Por isso, a revolução socialista no Brasil necessita de um partido revolucionário como uma das condições indispensáveis para chegar à vitória. Para isso é preciso aprender com o passado, ou seja, não repetir os erros que levaram o PT à adaptação. 

Retomar o mesmo projeto do PT, isto é, privilegiar as eleições parlamentares em detrimento da luta, significa repetir o passo, se adaptando à democracia burguesa. 

É nessa concepção que reside nossa diferença com o PSOL. O centro desse partido está nas eleições e não nas lutas diretas dos trabalhadores. O funcionamento do PSOL gira em torno dos seus parlamentares. São eles que definem e divulgam a política do partido. Já os militantes da base do PSOL tem apenas o direito de buscar votos nas eleições... 

A conclusão então é clara: precisamos lutar no dia a dia, no movimento operário, estudantil ou popular. Mas devemos agregar outro elemento estratégico a esta luta: a construção de um partido revolucionário e socialista, sem o qual a revolução será impossível.