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15 de dez. de 2010

Juventude exige investigação do desvio de dinheiro do Projovem
Estudantes e entidades estudantis se manifestaram contra a tentativa do governo de evitar a CPI


Foto: Tonico Alvares
 “O que eu quero dizer para vocês e que é muito importante aqui retratar é o que está por trás dessas denúncias. Denúncias que vêm mascarar o verdadeiro período em que esta Secretária, sim, foi alvo de uma quadrilha. Quadrilha essa que foi denunciada pela Polícia Federal – por formação de quadrilha e enriquecimento ilícito. Foram nove pessoas indiciadas. Não é uma denúncia, não é mais uma investigação; foram nove indiciados.” Declarou Juliana Brizola, vereadora do PDT, em discurso na Câmara Municipal atacando Mauro Zacher, seu colega de partido, por chefiar uma quadrilha que desviou dinheiro público do Projovem (Programa Nacional de Inclusão de Jovens).

Em outubro de 2009 a Polícia Federal indiciou nove pessoas por envolvimento em irregularidades no contrato de execução do Projovem em Porto Alegre. O inquérito da Polícia Federal resultou de informações e documentos apreendidos na Operação Rodin, que apurou fraudes no Detran. Segundo as investigações, o contrato do Projovem, que deveria ser executado pela Fundae (também envolvida na fraude no Detran), foi repassado a uma empresa privada, caracterizando fraude em licitação. O valor do contrato foi de cerca de 11 milhões de reais entre os anos de 2005 e 2007.

Segundo o MPF anunciou na época, do total desses R$$ 11 milhões que a prefeitura recebeu do governo federal, cerca de R$ 10 milhões teriam sido repassados a Fundae, contratada sem licitação para operá-lo. A Fundae, por sua vez, teria contratado a Pensant Consultoria, de modo similar ao que ocorreu no Detran. Na época, o responsável pela aplicação dos recursos do Projovem em Porto Alegre era Mauro Zacher, secretário da Juventude na prefeitura da capital e dirigente do PDT. Após as denúncias de irregularidades na execução do programa, Zacher deixou a Secretaria da Juventude e reassumiu sua cadeira na Câmara de Vereadores de Porto Alegre.

Nos últimos dias o tema voltou a ocupar espaço na mídia e iniciou a “operação abafa” com o objetivo de evitar a criação da CPI do Projovem. Um dos principais articuladores deste movimento é o atual prefeito da capital José Fortunati (PDT) e contou com a ajuda de Carlos Lupi, Ministro do Trabalho e presidente nacional do partido, que veio a Porto Alegre para buscar um acordo.

Com informações do Blog RS Urgente

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