Estudantes e entidades estudantis se manifestaram contra a tentativa do governo de evitar a CPI
Foto: Tonico Alvares |
Em outubro de 2009 a Polícia Federal indiciou nove pessoas por envolvimento em irregularidades no contrato de execução do Projovem em Porto Alegre. O inquérito da Polícia Federal resultou de informações e documentos apreendidos na Operação Rodin, que apurou fraudes no Detran. Segundo as investigações, o contrato do Projovem, que deveria ser executado pela Fundae (também envolvida na fraude no Detran), foi repassado a uma empresa privada, caracterizando fraude em licitação. O valor do contrato foi de cerca de 11 milhões de reais entre os anos de 2005 e 2007.
Segundo o MPF anunciou na época, do total desses R$$ 11 milhões que a prefeitura recebeu do governo federal, cerca de R$ 10 milhões teriam sido repassados a Fundae, contratada sem licitação para operá-lo. A Fundae, por sua vez, teria contratado a Pensant Consultoria, de modo similar ao que ocorreu no Detran. Na época, o responsável pela aplicação dos recursos do Projovem em Porto Alegre era Mauro Zacher, secretário da Juventude na prefeitura da capital e dirigente do PDT. Após as denúncias de irregularidades na execução do programa, Zacher deixou a Secretaria da Juventude e reassumiu sua cadeira na Câmara de Vereadores de Porto Alegre.
Nos últimos dias o tema voltou a ocupar espaço na mídia e iniciou a “operação abafa” com o objetivo de evitar a criação da CPI do Projovem. Um dos principais articuladores deste movimento é o atual prefeito da capital José Fortunati (PDT) e contou com a ajuda de Carlos Lupi, Ministro do Trabalho e presidente nacional do partido, que veio a Porto Alegre para buscar um acordo.
Com informações do Blog RS Urgente