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28 de fev. de 2014

DERROTAMOS A INTRANSIGÊNCIA DE FORTUNATI E CAPELLARI!

DERROTAMOS A INTRANSIGÊNCIA DE FORTUNATI E CAPELLARI!
Por Matheus Gomes







A audiência pública que estava prevista para hoje poderia ter ocorrido, mas o espírito autoritário de seus organizadores falou mais alto. Diante desse quadro, nosso ato cumpriu um papel importante! Qual é o motivo para impedir a entrada do Bloco de Lutas? Não somos um setor interessado na pauta? Porque fechar a Câmara? O povo não pode ser parte do debate? Não me venham com a desculpa da superlotação, o medo deles era nos encarar de frente!!

Agora a audiência foi transferida para o Tesourinha no dia 10. É necessário exigir que a potência do ginásio esteja disponível para toda a população, que a audiência seja construída democraticamente e os movimentos sociais diretamente envolvidos tenham vez e voz para apresentar sua opinião a sociedade. Qual é o medo deles em debater conosco? O Bloco já organizou projetos, já apresentou propostas para a mobilidade urbana na cidade, tem autoridade no tema!

A realidade é que eles temem que os mesmos que impulsionaram a queda da tarifa e foram parte da grande greve rodoviária ganhem a população de Porto Alegre para romper com os empresários e construir um transporte 100% público. Eles querem trocar 6 por meia dúzia e nós queremos muitos mais. Nem ar-condicionado tem no edital deles... Enfim, as propostas estão na mesa, vamos ao debate?

18 de fev. de 2014

Nota do PSTU e do PSOL sobre as acusações feitas na Zero Hora de Domingo





     As direções estaduais do PSTU e do PSOL, no que tange à matéria da Zero Hora dominical, querem manifestar o que segue:

  1. Os partidos políticos signatários apóiam as manifestações do nosso povo, seu protesto nas ruas, suas lutas e reivindicações;
  2. Publicamente, PSOL e PSTU se manifestaram há meses, contra a tática “black bloc” e grupos afins por terem ações inconseqüentes e equivocadas, como depredações, que afastam os trabalhadores e a juventude das manifestações;
  3.  A matéria da Zero Hora dominical é, no mínimo, estranha: elenca uma série de “possibilidades” sem nomes, sem fatos conhecidos de todos e trata sempre de “radicais aliciadores”;
  4. Ora, no imaginário popular, criado pela própria mídia, radicais são os militantes do PSOL e do PSTU, que são os únicos partidos referidos com esta “marca”;
  5. Portanto, sem qualquer fundamento, a Zero Hora conta uma “história”, onde os vilões são os radicais, ou seja, PSTU e PSOL. Contudo, nós nunca ouvimos falar dos tais aliciamentos, nunca fizemos nada disso e repudiamos – se existe – tal prática;
  6. Aliás, infiltrados assumidos são apenas os policiais da P2 e, suspeitos, pessoas que ninguém conhecia, violentas, possivelmente ligadas aos próprios empresários de ônibus e setores da direita para criminalizar os movimentos sociais;
  7. O mais absurdo, contudo, é que nós não fomos ouvidos. Não houve contraponto, não existia a nossa opinião, o nosso lado, a nossa versão;
  8. Repudiamos tal maneira de fazer jornalismo. Repudiamos, também, qualquer aliciamento, recrutamento, pagamento de infiltrados para atuar nos protestos de rua, de qualquer lado, como também depredações e uso de rojões em atos. 

Cordialmente,



Vera Guasso                                 Pedro Ruas
(Presidente Estadual do PSTU)                                (Presidente Estadual do PSOL)


Porto Alegre, 16 de fevereiro de 2014

14 de fev. de 2014

Nota do PSTU sobre os últimos acontecimentos no Rio de Janeiro

Partido responde a informações veiculadas em setores da imprensa

1- Temos orgulho de ser parte das manifestações da juventude e dos trabalhadores em defesa de serviços públicos gratuitos e de qualidade, como saúde, educação, moradia e transporte. Achamos que é por isso que estamos sendo atacados.

2- Responsabilizamos o governo Cabral e Paes pelo aumento das passagens do transporte e pela repressão policial às legítimas manifestações. Acreditamos que os governos tem utilizado a trágica morte do cinegrafista para criminalizar o movimento.

3- Assumimos publicamente, desde o ano passado, a crítica aos ‘Black Blocs’ e grupos afins por terem uma metodologia fora do movimento de massas, com ações inconsequentes e equivocadas.

4- Alguns setores da imprensa divulgaram depoimentos dos suspeitos que indicariam “que os partidos que levam bandeiras são os mesmos que pagam os manifestantes”. Um dos presos informa já ter visto “bandeiras do PSOL, PSTU e FIP" (como divulgado por jornais como Extra e Globo). Nós nos indignamos com essa acusação. Todos que conhecem nossa prática sabe que isso não corresponde  à realidade. É necessário investigar com clareza  o suposto aliciamento nas manifestações. Pode ser que haja setores da direita fazendo isso.

5- É importante que as organizações da sociedade civil, como a OAB, possam acompanhar as investigações para garantir a transparência da mesma.

 6- O advogado dos acusados recentemente atacou as manifestações contra o governo Cabral e já foi advogado das milícias, tendo por isso uma atitude suspeita no caso.

 7- Por último, este tipo de acusação contra o PSTU  não nos intimida. Seguiremos sendo parte das mobilizações contra os governos e por direitos e exigimos que se apure a verdade e puna os responsáveis.


Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
13 de fevereiro de 2014

12 de fev. de 2014

Segue a luta pelo transporte público e de qualidade

Segue a luta pelo transporte público e de qualidade
 Por Matheus Gomes da Juventude do PSTU de Porto Alegre

A greve dos rodoviários acabou, mas não há como afirmar que a cidade voltou à normalidade e ponto. O impacto dessa grande mobilização, que pode ser considerada a mais forte no Brasil nesse início de 2014, será absorvido aos poucos, até porque, o transporte coletivo urbano seguirá no centro dos debates. A questão agora é: qual perspectiva ganhará o apoio popular para a resolução da crise instaurada no transporte? Não é verdade que só a proposta da prefeitura está em debate. O fortalecimento dos movimentos sociais em Porto Alegre desde 2013 construiu novos e potenciais agentes na formação da opinião pública e de projetos para a questão da mobilidade urbana. Tanto o Bloco de Lutas pelo Transporte Público (que já elaborou PLs para o passe livre e a transparência nas contas das empresas), quanto o movimento dos rodoviários, foram muito além das reivindicações pontuais e rotineiras. Existe uma compreensão comum de que não basta mais lutar “apenas” contra o aumento das tarifas e por reajuste salarial, é necessário construir um novo modelo para o transporte, ou seja, precisamos de uma transformação estrutural.

A iminência da licitação é o mote que poderá fortalecer uma rota alternativa para a saída da crise, pois a rebelião de usuários e funcionários tem um inimigo central: os empresários do transporte, questionados inclusive pelo Tribunal de Contas do Estado. A reivindicação pelo transporte 100% público, em contraposição ao controle privado, poderá ganhar espaço na sociedade. A lógica da garantia de direitos ao invés da manutenção da prática de acumulação de lucro é a alternativa dos movimentos sociais, afinal, estamos falando do simples ato de ir e vir de milhões de pessoas e não de uma mercadoria. Será que basta trocar seis por meia dúzia? Estimular a concorrência é a solução magistral de Fortunati e Vanderlei Capellari? A licitação já começa com a piada da ausência do sistema de refrigeração, demonstrando a incapacidade dos empresários em atender demandas básicas da população. Quem virá disputar o nosso sistema de transporte coletivo? Empresas que atuam em outros estados do Brasil? Mas o caos no transporte não é nacional, como demonstraram as mobilizações de junho? E agora, o que fazer? Na semana passada, diante de uma chantagem dos empresários sob a prefeitura, Capellari afirmou que descarta a possibilidade da estatização. Nada de novo, afinal, o modelo privado é a regra em nosso país e o favorecimento aos empresários é a opção política dos governantes. Mas, não seria o momento de Porto Alegre assumir a vanguarda e quebrar mais um paradigma? O movimento social pode ser a via alternativa se assumir de conjunto a proposta da estatização e ganhar a população para rifar os empresários! Precisaríamos nos preocupar com a indenização de quem roubou durante anos o dinheiro do povo e explorou cruelmente toda uma categoria? A frota é nossa, já foi paga e re-paga pela população durante as décadas de farra dos tubarões do transporte. Porto Alegre tem uma empresa pública que é a Carris que possui apenas 22% das linhas da cidade. O transporte precisa ser 100% público ou os problemas de hoje perdurarão. Defendemos um transporte público em Porto Alegre com 100% das linhas sendo operadas pela Carris.

Rodoviários e usuários querem ser protagonistas na tomada de decisão que definirá o futuro do transporte na capital. Há tempos atrás, numa conjuntura distinta da atual, mas marcada por grandes mobilizações, trabalhadores rodoviários organizaram embriões de controle popular nas empresas de ônibus, com o apoio dos movimentos sociais. Hoje eles nos provaram que tem capacidade para ser linha de frente na gestão e controle do sistema, ou seguiremos duvidando da força e inteligência de quem parou durante 15 dias a cidade? Vamos seguir diante de uma administração privada e ineficiente ou vamos apostar no novo com o controle popular do transporte?

Falando em movimento, a luta não acabou, pois a manutenção do estado de greve é a forma da categoria pressionar por uma decisão que satisfaça os seus interesses no ajuizamento que ocorrerá na próxima segunda. Caso o contrário, a paralisação poderá reiniciar. Ao mesmo tempo, a possibilidade de um novo aumento nas tarifas, confirmada por Fortunati, também poderá ser o motor de grandes mobilizações da juventude. Ou seja, a efervescência social vai seguir e pode se aprofundar! Grevistas e usuários – leia-se manifestantes, poderão ser o ator principal na definição dos rumos do transporte em Porto Alegre.

4 de fev. de 2014

Rodoviários cruzam os braços em Porto Alegre

Categoria trouxe mais uma vez à tona a questão do transporte público nos grandes centros urbanos

“Jornadas de Junho” e o Transporte Público



O ano que passou foi marcado por intensas manifestações no Brasil e muitas tiverem como mote a questão do transporte público que é caro e de péssima qualidade em diversas capitais brasileiras.  As “Jornadas de Junho”, como ficaram conhecidas as grandes mobilizações do ano passado, trouxeram para o centro do debate questões como o passe-livre, a qualidade da frota de ônibus e trens, os gastos exorbitantes em função das obras da Copa e o pouco investimento em mobilidade urbana.

As manifestações ocorridas em 2013 em Porto Alegre, trouxeram à tona a complicada situação dos rodoviários que há muito tempo têm ajustes salariais abaixo da inflação e jornadas extenuantes de trabalho. A luta para mudar esse quadro evidenciou a disputa tocada pela base do Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre contra sua direção.

Rodoviários cruzam os braços 

Todos esses elementos são fundamentais para entender a grande greve que os rodoviários protagonizam nesse início de ano em Porto Alegre. Já são oito dias de paralisação, dos quais metade em greve geral, quando não saiu nenhum ônibus da garagem. Uma greve organizada pela base dos rodoviários, contra o Sindicato que há anos dirige a categoria de mãos dadas com os empresários do transporte público.

Os rodoviários lutam por um aumento de 14%, para uma carga de trabalho de 6h diárias, um aumento do ticket de R$ 20 reais, pela manutenção do plano de saúde e que a população não tenha um novo aumento da passagem. Os empresários que têm lucros excessivos, como apontado pelo relatório do Tribunal de Contas do Estado do RS, é que devem pagar a conta.

Os verdadeiros culpados pela greve são os empresários de ônibus que se negam a negociar e a prefeitura que é aliada dos empresários do transporte e maior responsável pelas condições do transporte público em Porto Alegre. O Prefeito Fortunati há todo momento faz declarações tentando tirar suas responsabilidades em relação a situação do transporte e greve, como se estivesse se tratando de uma questão entre os empresários e os trabalhadores rodoviários. Fortunati se nega a atacar os lucros dos empresários do transporte e não só não atende às reivindicações, como se nega a implementar o passe-livre Municipal.

Diferente do que o Prefeito fala, não se trata de retirar investimentos de uma área social para colocar em outra, trata-se sim de parar de gastar dinheiro público em obras da Copa e isenções para a máfia do transporte da cidade. Os maiores prejudicados desse conluio entre governantes e empresários são os trabalhadores Porto Alegrenses.

Para Matheus Gomes, da juventude do PSTU e integrante do Bloco de Lutas “a cidade está refém da ganância dos empresários e da intransigência de Fortunati. Não atender as demandas dos rodoviários é optar pelo aprofundamento do sofrimento da categoria e da população”.

O Bloco de Lutas

Um dos principais atores das mobilizações do ano passado, o Bloco de Lutas, retoma às ruas para reivindicar um transporte público de qualidade, lutar contra o aumento das passagens, pelo passe livre estudantil e apoiar a forte greve dos rodoviários.

Já foram realizados dois atos em Porto Alegre convocados pelo grupo, o primeiro foi antes da greve dos rodoviários, com cerca de 2 mil manifestantes, e o segundo durante a greve, indo ao ginásio Tesourinha, onde os rodoviários realizavam nova assembléia, e percorrendo as principais ruas e avenidas do centro da cidade.

Criminalização dos que lutam!







A cena se repete toda vez que a população sai às ruas reivindicado melhorias no transporte público, menos dinheiro para Copa e mais para saúde e educação:  a Polícia Militar comandada pelo Governador Tarso genro (PT) age para reprimir o movimento. A Brigada está a todo o momento fichando os manifestantes, no marco da Lei Geral da Copa, para assediar e atacar o movimento. Não devemos aceitar calados essa ofensiva autoritária dos governos para tentar impor que na Copa não vai haver mobilização.

Outros setores também param em Porto Alegre

Motivados pela greve dos rodoviários, dois outros setores param suas atividades na cidade. Os trabalhadores dos Correios e os trabalhadores da Saúde do Município também entram em greve reivindicando melhores salários e condições de trabalho.

É hora de todos os movimentos sociais, sindicatos, movimentos estudantis e populares cercarem de solidariedade a mobilização e paralização dos rodoviários de Porto Alegre. A vitória dessa greve é a vitória de toda a classe trabalhadora e da juventude.