Por Rodrigo Bocão da Direção Estadual do PSTU RS
Foi anunciado nesta quinta-feira(20/08)
o quarto pacote de ajuste fiscal do Governo Sartori. Com a justificativa de
aumentar a arrecadação do estado em R$ 1,869 Bilhões e ajudar a resolver o
déficit das finanças públicas, o governo estadual propõe aumentar a alíquota do
ICMS, dos impostos para combustíveis, cerveja, refrigerantes, telefonia e
energia elétrica.
Mais uma vez Sartori coloca os
trabalhadores para pagar a conta da crise. Afinal de contas os empresários vão
colocar o aumento dos impostos no preço final do produto prejudicando os
trabalhadores. Como se não bastasse o peso da inflação de quase 10%, o Governo
quer aumentar ainda mais o preço dos produtos penalizando os trabalhadores que
já estão no sufoco. Quem vai pagar a conta é o trabalhador e não os grandes
empresários, banqueiros e latifundiários que vivem da exploração do trabalho e
tiveram grandes lucros nos últimos anos. Repete assim no Rio Grande do Sul, o
tarifaço feito por Dilma (PT) no início do ano com o aumento da luz,
combustíveis e impostos.
O PSTU é contra o aumento dos impostos que penalizam os trabalhadores e propõe como medida para
resolver o problema da crise duas ações que cobririam o déficit do estado
aumentando a arrecadação que é a suspensão do pagamento da dívida pública com a
União, que hoje está no motante de 60 bilhões, e o fim das isenções fiscais e
combate a sonegação de impostos que gerariam mais cerca de 16 bilhões por ano.
Para isso acontecer, evidentemente, é preciso enfrentar os interesses dos
grandes empresários, algo que Sartori não vai fazer devido aos seus
compromissos com a grande burguesia gaúcha representada no seu governo pelo seu
vice Cairoli.
O Parcelamento dos salários vai acontecer novamente. A Saída é uma
grande Greve Geral do funcionalismo para derrotar o ajuste de Sartori/Dilma.
Os grandes veículos de
comunicação já anunciam como inevitável o parcelamento dos salários dos
servidores. O cenário pode ser de pagamento de 500 reais para todos os
servidores no último dia útil do mês. Como se não bastasse cortar o ponto dos servidores
em uma greve deliberada nas maiores assembléias dos últimos anos dos servidores,
Sartori sinaliza mais uma vez com o parcelamento dos salários.
Os números indicam uma
paralisação muito forte das escolas, delegacias fechadas, servidores estaduais
parados na saúde, fundações. Uma greve muito forte vem sendo construída pela
base, apesar das direções não terem feito nenhuma ação de visibilidade da greve
nesses três dias, o que daria mais projeção a paralisação.
Frente ao ataque anunciado de
mais um parcelamento de salários e o tarifaço do Sartori com o quarto projeto
de ajuste fiscal é praticamente certa a volta da greve nos dias 31 de agosto, 1,
2 e 3 de setembro.
As direções majoritárias da Coordenação
Unificada dos Servidores dirigida pela CUT já acenam para uma greve intercalada
de três dias. Consideramos esse um grave erro que pode levar a categoria a uma
derrota. Caso Sartori consiga aprovar em regime de urgência seus projetos de
ajuste fiscal vamos ter arrocho salarial, extinção de fundações e o desmonte do
IPE no próximo período. Mais do que nunca a Greve Geral para derrotar o Governo
Sartori é uma necessidade do movimento e a única forma de fazer recuar os
ataques do governo.