Esta terça-feira, dia 22 de
setembro, é um dia decisivo para a luta do funcionalismo público estadual
contra a política de ajuste fiscal do Governo Sartori(PMDB). Entrará na pauta
da Assembléia Legislativa vários projetos que buscam colocar sobre os
servidores estaduais e o conjunto da população os efeitos da crise. O principal
deles é o chamado “Tarifaço do Sartori” que buscar aumentar a alíquota de ICMS
aumentando o custo de vida em um momento que o desemprego aumenta no Brasil e
no nosso estado. Nos projetos de Lei que estão previstos na ordem do dia também
temos a extinção da FEPPS e da Fundergs e o projeto da gestão democrática nas
escolas.
Precisamos construir uma forte
paralisação neste dia 22. Lotar a praça da matriz como fizemos no dia 15 de
setembro e buscar criar condições para forçar que o Governo Sartori e a
Assembléia Legislativa recuem da aplicação desses ataques. Para isso acontecer
não podemos repetir o erro do dia 15 de setembro em que a Coordenação dos
servidores dirigida pela CUT e pela Fessergs/NCST frente a vitória de ter
impedido a votação neste dia não chamou greve para o dia seguinte para
continuar a mobilização e facilitou a vida do governo que sem muito esforço e
com forte aparato militar, fechou as portas da assembléia para o público
presente e aprovou os projetos do seu interesse.
Em nossa opinião, a Coordenação
dos Servidores deve apontar que caso o governo não recue da aplicação dos
ataques vai organizar no próprio dia 22 uma assembléia na praça da matriz para
continuar a greve até o governo recuar.
Qual a estratégia da CUT (PT) e por que vai nos levar para uma derrota?
A direção da CUT representada
pela direção do CPERS e a Fessergs nunca apostaram na greve geral unificada dos
servidores como melhor caminho para enfrentar e derrotar o governo. Por isso
que mesmo perdendo a votação na assembléia do CPERS no dia 11 de setembro
fizeram todo tipo de manobra para acabar com a greve. A mesma coisa verificamos
no dia 15 de setembro que frente a uma primeira vitória ao impedir a realização
da sessão que votaria os projetos em vez de manter a greve no dia seguinte
mandou as pessoas voltarem ao seu local de trabalho, não apostando na
mobilização dos servidores. O resultado foi a aprovação de projetos como o da
reforma da previdência dos servidores estaduais.
Toda a estratégia da CUT se
baseia em desgastar o governo e os parlamentares da base aliada como um
mecanismo não para derrotar o governo agora impedindo a aprovação dos projetos
e sim na perspectiva de daqui a 3 anos para as eleições. Junto a isso os
compromissos com o governo Dilma impedem esse setor de mobilizar contra
Sartori( PMDB) uma vez que sem o apoio do PMDB a nível nacional dificilmente
Dilma(PT) terminará o seu mandato. Essa combinação de fatores faz com que a
direção da CUT atue de “ Freio de mão puxado” evitando a qualquer custo uma
mobilização que possam perder o controle. Facilitando assim a vida do Governo
Sartori(PMDB) e a aprovação do ajuste fiscal que também aplicam no governo
federal.
É possível derrotar o governo Sartori!
As grandes mobilizações
realizadas pela educação, pelos setores da segurança e pelos servidores em
geral foram as maiores mobilizações unificadas dos servidores estaduais que já
ocorreram no Rio Grande do Sul. Foi decisiva para o enfraquecimento do governo
Sartori e para que o governo comece a perder apoio popular.
O caminho para derrotar o governo
passa por construir neste dia 22 uma grande mobilização e dar sequência a ela
votando greve dos servidores até que o governo retire a urgência dos projetos.
Precisamos colocar pressão na praça da matriz para derrotar este ataque. Somente
a mobilização dos servidores pode derrotar o ajuste fical de Sartori!
O PSTU defende as seguintes
propostas para a crise do RS:
- Suspensão do pagamento da
dívida pública com a união e auditoria da mesma;
- Fim das isenções fiscais que
fazem o RS renunciar a 13 bilhões por ano;
- Contra a retenção dos dinheiro
do estado pelo Governo Dilma;
- Pela retirada imediata da PL
206/15, não ao aumento dos impostos e demais projetos que atacam os direitos
dos trabalhadores;
- Chega de Dilma(PT) e
Sartori(PMDB)
Direção Estadual do PSTU Rio
Grande do Sul