A classe trabalhadora precisa tomar para si a tarefa da construção de outro modelo de sociedade
23 de nov. de 2015
14 de nov. de 2015
Uma Noite de Horror Por Valério Arcary
Há momentos na vida em que não há palavras.
Horror é o que melhor pode descrever o que aconteceu ontem em Paris.
O Estado Islâmico (ISIS) assumiu a responsabilidade.
Foi um ato de barbárie. Um ataque covarde contra a população civil desarmada.
Os que realizaram este massacre e os que o planejaram são assassinos.
São monstros.
Aqueles que morreram em Paris eram inocentes.
Gente comum, trabalhadores e jovens.
Mas é preciso ter a coragem de dizer que a guerra não começou ontem.
O governo Hollande não é inocente. Ele tem as mãos sujas de sangue.
Quem semeia ventos colhe tempestades.
Não é uma guerra de religião, embora o vocabulário do Estado Islâmico seja islâmico.
Não é um choque de civilizações, o “Oriente contra o Ocidente”.
É um conflito que tem suas raízes na dominação imperialista do mundo.
É a luta pelo domínio do petróleo.
É o desenlace caótico das derrotas da onda revolucionária que deslocou governos que nasceram nos anos cinquenta e sessenta inspirados no nacionalismo nasserista no Egito, que era progressivo no contexto da guerra fria, e degeneraram como ditaduras militares monstruosas (Saddam Hussein, Gadhafi, Mubarak, Assad). O Estado Islâmico recrutou oficiais sunitas da Guarda Republicana de Saddam, jihadistas que vieram da Chechênia, da Bósnia, além dos subúrbios miseráveis de Londres e Paris.
É bom não esquecer que, há muitos anos, todos os dias é 13 de novembro na Síria.
Os mortos na Síria são, também, inocentes. Assim como os refugiados que fugiram para a Europa para salvarem suas vidas.
O governo Assad utiliza todos os meios para permanecer no poder reprimindo uma rebelião que nasceu pacífica.
Os bombardeios dos EUA, da França e da Rússia na Síria, os bombardeios da Arábia Saudita no Yemen, a invasão do Afeganistão, do Iraque, os massacres na Chechênia, a limpeza étnica na Bósnia teriam consequências.
A barbárie imperialista alimentou a barbárie terrorista.
A guerra não começou ontem.
E essa guerra não é nossa.
9 de nov. de 2015
O Lula de 2015 não é o mesmo Lula de 1979 - Por Valério Arcary
Por Valério Arcary - Direção Nacional do PSTU
* texto escrito um dia depois de Lula completar 70 anos, dia 28 de outubro de 2015
Ontem Lula
fez 70 anos e o seu Instituto divulgou uma série de videos de personalidades
que o saudaram e homenagearam.
O Lula de
2015 não é o mesmo Lula de 1979.
As pessoas
mudam.
E Lula mudou
demais, e para muito pior.
Porque
ninguém com alguma experiência na vida se surpreende quando uma liderança de
esquerda de origem intelectual muda de lado.
Isso
aconteceu tantas e tantas vezes, que virou quase uma rotina.
Mas quando
uma liderança de origem operária com as responsabilidades que Lula assumiu se
transforma no contrário do era, esta transformação provoca imensa
desmoralização na vanguarda proletária e socialista.
Muitos vídeos
eram previsíveis e outros um pouco ...surpreendentes.
Chico Buarque
era previsível.
Já a
exposição do vídeo de Sarkosy, não.
Paradoxalmente,
nos diz mais de Lula, do que o vídeo de Guilherme Boulos.
Porque ele e
a classe que ele representa odiavam o Lula de 1979.
Mas se
renderam seduzidos ao Lula que na presidência costurou o pacto social que deu
estabilidade ao capitalismo periférico, quase sem reformas.
Esse é o
papel central dos reformistas diante da história: permitir ao capital ganhar
tempo, desmoralizar o sentido da luta socialista.
Guilherme,
infelizmente, saudou uma saudade, uma memória, uma lembrança, uma nostalgia, um
Lula que não existe mais.
A questão
relevante que a data nos desafia é saber se o lulismo permanecerá ou não como a
principal referência política dos trabalhadores.
Nunca houve
na história contemporânea um matrimônio político indissolúvel da classe
trabalhadora com um partido político, ou uma liderança.
A ruína do
lulismo não será a primeira.
O PC italiano
foi uma potência e entrou em colapso.
O Pasok grego
teve influência imensa e desmoronou.
O peronismo
foi tão forte quanto o lulismo e se transformou em uma caricatura
irreconhecível.
Depois da
crise do mensalão em 2005 o PT preservou, apesar de tudo, uma influência
majoritária no proletariado. Entre 2003 e 2010, Lula fez um governo que recebeu
aplausos quase unânimes do que há de mais reacionário no Brasil e no mundo: de
Maluf a Delfim Neto, de Michel Temer a Henrique Meirelles, de Bush a Sarkozy,
de Merkel a Putin, não faltaram entre os maiores banqueiros, empreiteiros e
latifundiários vozes dispostas a admitir em público o deslumbramento das
classes dominantes de todos os continentes com Lula e o PT.
Não fosse
isso o bastante e, não obstante o impressionante desmascaramento do
financiamento eleitoral através de relações obscenas com o empresariado – uma
rotina de corrupção que o PT sempre denunciou - Lula surpreendeu pela
resiliência de sua autoridade na classe operária. É verdade que as condições de
crescimento econômico internacional entre 2004 e 2008 beneficiaram Lula e o
governo. Mas, não foram somente estas condições externas favoráveis que podem
explicar a perenidade da influência do PT na classe trabalhadora. E tampouco
foram as mais de dez milhões de bolsas família distribuídas. A explicação para
a permanência da influência do petismo nos setorres organizados da classe
trabalhadora exige perspectiva histórica.
A reeleição
de Lula em 2006, e a eleição de Dilma Rousseff em 2010 foram alicerçadas nos
ventos favoráveis da situação econômica mundial entre 2003-2008, e a retomada
do crescimento em 2010: a preservação da inflação baixa, o aumento lento, mas
constante do salário mínimo, a preservação do salário médio, e a diminuição do
desemprego que permitiram o acesso ao crédito, e a extensão de políticas
públicas como o Bolsa-Família. Mas o Brasil começou a mudar desde junho de
2013.
As lutas de
junho de 2013 foram as primeiras grandes mobilizações políticas de massas no
Brasil que não foram dirigidas pelo PT desde 1980. Junho colocou em movimento,
em certo sentido, ainda que parcialmente, uma geração que nasceu depois da
fundação do PT e chegou à vida adulta, em grande medida, depois da eleição de
Lula.
Junho alterou
a relação social de forças, e deixou imprevisível até o último dia o resultado
eleitoral das presidenciais de outubro de 2014.
Entre 1988 e
1994, o PT assumiu o governo de prefeituras e de governos estaduais e fez os
primeiros pactos com a governabilidade. Em nome da consolidação da democracia
não ofereceu resistência à posse de Itamar Franco, ou seja, recusou a luta por
eleições gerais antecipadas, uma solução tão democrática e mais legítima que a
posse do vice de Collor.
Entre 1994 e
2002, via fundos de pensão, e através das participações na gestão de fundos
públicos, a burocracia sindical da CUT, ainda então o principal aparelho de
apoio social da direção do PT, entrou no mundo dos grandes negócios com a
burguesia.
Depois da
eleição de 2002, o PT passou a ter relações orgânicas com o grande capital
brasileiro, e passou a aceitar, com a crise do mensalão, o novo papel cesarista
de Lula como líder incondicional.
E
insubstituível.
O ápice da
influência de Lula anunciava, todavia, a sua ruína. As ilusões reformistas dos
trabalhadores não morrem sozinhas, é claro. Dependem de uma dura experiência
prática: é neste terreno que as grandes massas podem retirar conclusões.
O que tem
caracterizado a situação aberta depois de Junho de 2013 é que este processo se
abriu.
A
reorganização pela esquerda se desenvolve em novas condições.
Agora é
possível.
Permanece
muito difícil, mas é possível.
8 de nov. de 2015
Ato pelo Fora Cunha e contra a PL 5069 em Porto Alegre
Por Matheus Gomes
Neste sábado milhares saíram as ruas no primeiro grito de Porto Alegre pelo Fora Cunha. Foi uma mobilização importante, prova que existe um ascenso feminista no país. Convocado de forma espontânea, o ato envolveu centralmente mulheres jovens e contou com a presença de movimentos como as Mulheres em Luta (MML), Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (ANEL), Coletivo Primavera, Juntas, Marcha Mundial de Mulheres (MMM), entre outros. Uma ampla unidade de ação contra Cunha é necessária nesse momento. Dia 13 poderemos ter novos atos massivos em todo o Brasil. Essa pauta precisa ser assumida por todos movimentos, como os petroleiros em greve. Também será fundamental que o novembro negro enfrente Cunha, suas medidas nos atacam em primeiro lugar. Dia 20/11 a periferia e a negrada precisam marchar contra ele.
Só há um jeito de Cunha cair: tomando as ruas. Existe um acordo entre Dilma, Eduardo Cunha e a bancada fundamentalista desde 2010 quando a presidente assinou a Carta ao Povo de Deus, que rifou as pautas históricas das mulheres. Hoje esse acordão é o que impede Cunha de ir pra cadeia e causa esses retrocessos, em nome da governabilidade a pilula pode cair e o aborto permanecerá ilegal. O relator do processo na Comissão de Ética da Câmara é tão corrupto quando ele, a pizza já está no forno. A luta é a saída e quem preferir se abraçar em Cunha será levado junto também!
5 de nov. de 2015
A crise da MWM e a luta pelos empregos - entrevista com Vitor Schwertner
1)Opinião Socialista: Quantos anos você tem de metalúrgico e trabalhando na MWM? Conte um pouco da sua trajetória?
Vitor: Tenho 48 anos, sou filho de pequeno agricultores e de uma grande família, 9 irmãos. Sou natural de Sarandi RS, meu pai tinha um pequena propriedade, em 1970 vendeu as terras por não conseguir sustentar a família, foi para o oeste do Paraná em busca de mais terras no sonho de com a terra sustentar e criar seus filhos. Mas não demorou foi engolido pelo agronegócio. Vendo que ali já não iria sobreviver foi para o país vizinho Paraguai, em 1979, comprou alguns alqueires de terra. A Estória se repete o agronegocio massacra sem piedade os pequenos. Sem esperança de um futuro melhor em 1995, eu retorno para o Brasil. Venho morar em Canoas em busca de um emprego, rolei em vários setores até me afirmar como metalúrgico. Atualmente estou trabalhando há 12 anos na MWM International que faz parte do grupo Navistar americano e construindo a luta fiz parte de 3 mandatos da comissão de fábrica e um da federação dos metalúrgicos do RS, fizemos várias conquistas na fábrica, 40 horas semanais, a única metalúrgica da categoria e a própria comissão com estabilidade se tornou uma das melhores fábrica para se trabalhar no RS.
2) OS: Fale um pouco sobre a situação da Fábrica MWM motores? Existe a possibilidade de fechamento?
Vitor: Tenho 15 anos de metalúrgico e 12 de MWM. Éramos 1300 em 2011 quando conquistamos o contrato com a GM para montar o motor da S10. O contrato iria até outubro de 2018 anunciado como o melhor negócio do século e nós teríamos nossos empregos garantidos até final de 2018 como a produção anual de 45 mil motores podendo oscilar 15% a mais ou menos. Em 2013 começa uma briga para romper este contrato entre as duas empresas e as duas com o mesmo objetivo, a multa inicial era de 140 milhões após um ano ambas chegam a um acordo, encerrar o contrado em fevereiro de 2016, ainda em 2013 começam as demissões aos poucos, em 2014 foi um ano de terror para os trabalhadores da MWM, com boatos de venda ou fechamento da empresa mas a produção era obrigada a sair. Em maio de 2015, o diretor da empresa reuniu todos da fábrica e anunciou o calendário de encerramento das atividades que seria de novembro de 2015 a fevereiro de 2016 e oferece um pacote de “bondade” para os colaboradores que vestissem a camiseta até o fim das atividades de cada setor, dois salários e meio e seis meses de plano de saúde após o fechamento da empresa isso com o aval da comissão de fabrica e sindicato. Caso os trabalhadores não aceitassem esse acordo perderiam tudo.
3) OS: O PT e a CUT dirigem a Prefeitura de Canoas e o Sindicato dos metalúrgicos de Canoas. Qual a postura dessas direções em relação a possibilidade de fechamento da empresa?
Vitor: Uma verdadeiro desastre! Dois anos de crise, dois anos de um verdadeiro assédio moral. O sindicato só se reunia com a direção da empresa, não realizou nem uma assembleia para discutir a crise ou a proposta da empresa e passa a lista do pacote de bondade junto com os supervisores como se fosse uma assembléia para os trabalhadores assinarem, e se isso não bastasse intimida os trabalhadores se não assinarem estariam correndo o risco de perder os dois salários e meio oferecidos.
As autoridades políticas, o Senador Paulo Paim, O Prefeito Jairo Jorge, Nelsinho metalúrgico e Marco Maia que são deputados e que eram metalúrgicos, são filiados ao nosso sindicato, só aparecem na empresa em momentos festivos ou em épocas de eleições para pedir voto. Nem um político apareceu para defender nossos empregos, a cut só vejo defender a Dilma
4) OS: O que será feito nas próximas semanas em relação a campanha contra o fechamento da fábrica?
Vitor: Estamos cobrando que o sindicato e prefeitura dirigidos pelo PT deixam de ter a política de omissão frente ao fechamento da empresa. Temos que ter assembléia para discutir a situação da empresa. Politicamente estamos fazendo uma denúncia na assembléia legislativa sobre o fechamento da empresa que durante os últimos anos se aproveitou de dinheiro público para manter os empregos (incentivos fiscais), estamos encaminhando também a denúncia no ministério público do trabalho e ministério do trabalho. Queremos organizar um ato em frente a prefeitura de Canoas para chamar a atenção das autoridades para o fechamento da empresa.
Nós os trabalhadores não aceitamos as propostas que a empresa negociou com o sindicato, que é nada menos que "Morrer sendo fuzilado no paredão ou em uma câmera de gás".
Iremos lutar pelos nossos empregos!
4 de nov. de 2015
Por Que a Esquerda está dividida? Por Valério Arcary
Hoje vou escrever umas linhas sobre porque a esquerda está dividida, assunto que interessa a muitos de nós.
Há muitas razões.
Uma delas é que há diferenças de estratégia.
Estratégia é um assunto muito sério.
Estratégia política é o horizonte político que queremos.
As táticas devem estar subordinadas à estratégia.
E tem mais: estratégia não é algo que se muda todos os dias.
Pode mudar, claro, mas somente diante de grandes mudanças da situação.
Então, é muito importante saber quais são as diferenças de estratégia que dividem a esquerda brasileira.
Ensina a sabedoria popular:
Cuidado com o que desejas...porque você pode conseguir.
Há muitas razões.
Uma delas é que há diferenças de estratégia.
Estratégia é um assunto muito sério.
Estratégia política é o horizonte político que queremos.
As táticas devem estar subordinadas à estratégia.
E tem mais: estratégia não é algo que se muda todos os dias.
Pode mudar, claro, mas somente diante de grandes mudanças da situação.
Então, é muito importante saber quais são as diferenças de estratégia que dividem a esquerda brasileira.
Ensina a sabedoria popular:
Cuidado com o que desejas...porque você pode conseguir.
Desde 2013, quando pela primeira vez em dez anos se abriu uma crise
política séria, a maioria da esquerda brasileira afirma que não restaria
aos socialistas alternativa melhor, senão a proposta de Assembléia
Constituinte Exclusiva para uma Reforma Política.
Essa proposta foi abraçada, em primeiro lugar, pela própria Dilma Rousseff.
Depois passou a ser esgrimida com páixão por várias correntes da esquerda do PT, e até por setores moderados, além do PCdB.
Foi abraçada, também, pelo MST, e pelo Levante Popular da Juventude.
Setores do Psol uniram-se à campanha.
Até o MRT que surgiu da LER, defende a proposta de uma Assembleia Constituinte, embora sem a qualificação de exclusiva, uma versão que não melhora a proposta, ao contrário.
Ou seja, a imensa maioria da esquerda brasileira, dos mais moderados aos mais radicais.
Essa proposta foi abraçada, em primeiro lugar, pela própria Dilma Rousseff.
Depois passou a ser esgrimida com páixão por várias correntes da esquerda do PT, e até por setores moderados, além do PCdB.
Foi abraçada, também, pelo MST, e pelo Levante Popular da Juventude.
Setores do Psol uniram-se à campanha.
Até o MRT que surgiu da LER, defende a proposta de uma Assembleia Constituinte, embora sem a qualificação de exclusiva, uma versão que não melhora a proposta, ao contrário.
Ou seja, a imensa maioria da esquerda brasileira, dos mais moderados aos mais radicais.
Por que a estratégia de democratizar a democracia está errada?
Constituinte para uma reforma política é isso, e somente isso: a reforma deste regime democrático de presidencialismo de coalizão por outro menos antidemocrático. Portanto, democratizar o regime democrático.
Constituinte para uma reforma política é isso, e somente isso: a reforma deste regime democrático de presidencialismo de coalizão por outro menos antidemocrático. Portanto, democratizar o regime democrático.
Os defensores desta estratégia esgrimem três argumentos principais.
Em primeiro lugar, ela corresponderia à atual relação social e política de forças, já que não se abriu ainda no Brasil uma situação revolucionária.
Seria necessária, nessas circunstâncias, uma palavra de ordem plausível, viável, compreensível, ou seja, democrática radical.
Em resumo: uma mediação.
É verdade que não se abriu uma situação revolucionária no Brasil, mas não será a campanha por uma Constituinte exclusiva que irá encurtar o caminho.
Mediações são necessárias na luta política.
Mas mediações devem ser pontes, ou seja, reivindicações transitórias que unam as lutas de hoje, com a perspectiva estratégica.
Não servem mediações que nos desviam do que queremos.
Em primeiro lugar, ela corresponderia à atual relação social e política de forças, já que não se abriu ainda no Brasil uma situação revolucionária.
Seria necessária, nessas circunstâncias, uma palavra de ordem plausível, viável, compreensível, ou seja, democrática radical.
Em resumo: uma mediação.
É verdade que não se abriu uma situação revolucionária no Brasil, mas não será a campanha por uma Constituinte exclusiva que irá encurtar o caminho.
Mediações são necessárias na luta política.
Mas mediações devem ser pontes, ou seja, reivindicações transitórias que unam as lutas de hoje, com a perspectiva estratégica.
Não servem mediações que nos desviam do que queremos.
A proposta de Constituinte é deseducativa e aventureira, porque
transfere para o futuro Congresso poderes para revisar a Constituição em
vigor por maioria simples.
Muito bem: quais são as garantias de que a composição desta Constituinte não seria igual ou ainda pior que o atual Congresso? Por quê deveríamos diminuir o risco de uma revisão constitucional reacionária? Esta não tem sido a orientação estratégica fundamental da burguesia nos últimos quinze anos, inconformada com os poucos direitos impostos pela pressão de massas nos anos oitenta? Não seria perigoso facilitar essa revisão?
Muito bem: quais são as garantias de que a composição desta Constituinte não seria igual ou ainda pior que o atual Congresso? Por quê deveríamos diminuir o risco de uma revisão constitucional reacionária? Esta não tem sido a orientação estratégica fundamental da burguesia nos últimos quinze anos, inconformada com os poucos direitos impostos pela pressão de massas nos anos oitenta? Não seria perigoso facilitar essa revisão?
Não é verdade que os
socialistas têm que levantar sempre uma palavra de ordem de poder
positiva em seu programa de agitação política, isto é, poucas idéias
para muitos - que corresponda à consciência média dos trabalhadores.
Na verdade, as palavras de ordem sobre a questão do poder são, invariavelmente, negativas, ou seja, variações de Nenhuma ilusão, Nenhuma confiança, Basta, Chega, Abaixo e Fora, seja uma parte do governo burguês de plantão, ou todo o governo.
A alternativa de poder pela positiva, quando em situações não revolucionárias, é sempre propagandística, isto é, muitas idéias para poucos - ou seja, uma explicação longa da necessidade dos trabalhadores construírem através de seus instrumentos e organismos de luta, uma saída anticapitalista. Por isso defendemos um Governo socialista dos trabalhadores, e confessamos que é ultra-propagandística. Só alguém que chegou ontem de Marte ignora que não há hoje no Brasil organismos dos trabalhadores que possam concretizar a resposta à pergunta: quem deve governar?
Isso é assim porque os instrumentos de luta que vieram dos anos oitenta, CUT e UNE, foram destruídos pelo PT e pelo PCdB, que os amordaçaram, burocratizaram. E as novas organizações como instrumentos de luta pela frente única que surgiram nos últimos anos são minoritárias.
Não há mistério algum: só em situações revolucionárias é que as palavras de ordem de poder revolucionárias podem ser abraçadas pelas massas. Aliás, esta é uma das características chaves de uma situação revolucionária.
Na verdade, as palavras de ordem sobre a questão do poder são, invariavelmente, negativas, ou seja, variações de Nenhuma ilusão, Nenhuma confiança, Basta, Chega, Abaixo e Fora, seja uma parte do governo burguês de plantão, ou todo o governo.
A alternativa de poder pela positiva, quando em situações não revolucionárias, é sempre propagandística, isto é, muitas idéias para poucos - ou seja, uma explicação longa da necessidade dos trabalhadores construírem através de seus instrumentos e organismos de luta, uma saída anticapitalista. Por isso defendemos um Governo socialista dos trabalhadores, e confessamos que é ultra-propagandística. Só alguém que chegou ontem de Marte ignora que não há hoje no Brasil organismos dos trabalhadores que possam concretizar a resposta à pergunta: quem deve governar?
Isso é assim porque os instrumentos de luta que vieram dos anos oitenta, CUT e UNE, foram destruídos pelo PT e pelo PCdB, que os amordaçaram, burocratizaram. E as novas organizações como instrumentos de luta pela frente única que surgiram nos últimos anos são minoritárias.
Não há mistério algum: só em situações revolucionárias é que as palavras de ordem de poder revolucionárias podem ser abraçadas pelas massas. Aliás, esta é uma das características chaves de uma situação revolucionária.
O segundo argumento apresentado para justificar a estratégia
democratista tem sido a defesa incondicional das bandeiras democráticas
como bandeiras que adquirem, ou podem adquirir, um caráter transicional.
O equívoco desta formulação é o incondicional.
Podem ou não. Depende. Muitas vezes, não.
Não há "abre-te sésamo" em política marxista.
Seria muito mais simples se existissem fórmulas mágicas e universais, mas não há.
A luta pela revolução não vem com um manual de uso, com tudo previsto e explicado. O papel de todas as palavras de ordem, à exceção das diretamente anticapitalistas como expropriação, é condicionado pelas circunstâncias concretas. A burguesia prevê, manipula, age, se antecipa, elabora plano A e plano B.
Podem ou não. Depende. Muitas vezes, não.
Não há "abre-te sésamo" em política marxista.
Seria muito mais simples se existissem fórmulas mágicas e universais, mas não há.
A luta pela revolução não vem com um manual de uso, com tudo previsto e explicado. O papel de todas as palavras de ordem, à exceção das diretamente anticapitalistas como expropriação, é condicionado pelas circunstâncias concretas. A burguesia prevê, manipula, age, se antecipa, elabora plano A e plano B.
A tradição marxista-revolucionária
sempre defendeu a atualidade das reivindicações democráticas - em
especial nos países periféricos onde a revolução por fazer será a
simultaneidade de várias revoluções - agrária, antiimperialista, negra,
feminista, anticorrupção e, também, em permanência, anticapitalista -
mas nunca confundiu reivindicações democráticas com a defesa da reforma
do regime democrático-liberal.
Os socialistas reconhecem que no
Brasil há uma revolução democrática por fazer, porque há tarefas
democráticas pendentes. Distingue, todavia, aquelas palavras de ordem
democráticas que podem ameaçar o regime democrático daquelas que podem
ajudar a fortalecê-lo.
É sabido que a luta por uma segunda independência pode assumir um caráter transicional, ou seja anticapitalista, assim como a luta pela reforma agrária. Pode, mas não há garantias fora do processo real de mobilização do proletariado e seus aliados sociais.
Até estas palavras de ordem estarão condicionadas à dinâmica de classe do processo de luta. O conteúdo social anticapitalista dependerá da entrada em cena do movimento dos trabalhadores de forma independente.
Senão, nem isso.
É sabido que a luta por uma segunda independência pode assumir um caráter transicional, ou seja anticapitalista, assim como a luta pela reforma agrária. Pode, mas não há garantias fora do processo real de mobilização do proletariado e seus aliados sociais.
Até estas palavras de ordem estarão condicionadas à dinâmica de classe do processo de luta. O conteúdo social anticapitalista dependerá da entrada em cena do movimento dos trabalhadores de forma independente.
Senão, nem isso.
Admito, portanto, que existem reivindicações democráticas progressivas. Mas, eleições para uma Constituinte?
O que há de revolucionário em defender uma nova Constituinte no Brasil, em 2015, trinta anos depois do fim da ditadura, se a mudança da Constituição tem tudo para ser regressiva?
Ou a eleição do atual Congresso, realizada mais de um ano depois de Junho de 2013, não favoreceu uam representação ainda mais reacionária?
O que há de revolucionário em defender uma nova Constituinte no Brasil, em 2015, trinta anos depois do fim da ditadura, se a mudança da Constituição tem tudo para ser regressiva?
Ou a eleição do atual Congresso, realizada mais de um ano depois de Junho de 2013, não favoreceu uam representação ainda mais reacionária?
O terceiro
argumento é o que afirma que a campanha pela Constituinte permite uma
frente com mais aliados, maior possibilidade de mobilização.
A política marxista é dialética e não absolutiza as formas fora dos contextos e dos conflitos. Há mobilizações de massas que são progressivas e outras que são reacionárias. Para os socialistas a interpretação do que pode ser progressivo está condicionado por um critério de classe: o que ajuda a avançar a organização e favorece o combate dos trabalhadores e seus aliados. Existem reivindicações democráticas que podem ser progressivas em um contexto e regressivas em outro.
A política marxista é dialética e não absolutiza as formas fora dos contextos e dos conflitos. Há mobilizações de massas que são progressivas e outras que são reacionárias. Para os socialistas a interpretação do que pode ser progressivo está condicionado por um critério de classe: o que ajuda a avançar a organização e favorece o combate dos trabalhadores e seus aliados. Existem reivindicações democráticas que podem ser progressivas em um contexto e regressivas em outro.
O direito ao habeas corpus é progressivo, quando o
reivindicamos para retirar um líder dos sem terra da cadeia, mas é
reacionário quando é esgrimido para poupar Paulo Maluf da prisão. A luta
contra o sigilo bancário dos deputados é legítima, mas é reacionária
quando é usada para investigar a transferência de verbas das
cooperativas da Reforma agrária para financiar as ocupações de
latifúndios. A luta contra os paraísos fiscais é progressiva, mas os
tribunais especiais para presidentes, governadores e deputados são
reacionários.
Por essa razão, mas por outro ângulo, não é
correto, também, nas atuais circunstâncias, levantar a bandeira do
impeachment de Dilma Rousseff. O impeachment é a proposta da derrubada
de Dilma Rousseff em um julgamento feito pelo Congresso Nacional, ou
seja, a derrubada de Dilma pelo PSDB e seus aliados em negociação com a
ala do PMDB de Eduardo Cunha.
Na atual conjuntura, essa bandeira seria uma capitulação da oposição de esquerda à oposição de direita. A queda do governo Dilma seria progressiva, desde que acontecesse tendo como sujeito social os trabalhadores e a juventude. Se Dilma viesse a ser derrubada pela oposição de direita, hipótese ainda longínqua, mas não descartável, estaríamos diante de uma evolução desfavorável da situação política
Na atual conjuntura, essa bandeira seria uma capitulação da oposição de esquerda à oposição de direita. A queda do governo Dilma seria progressiva, desde que acontecesse tendo como sujeito social os trabalhadores e a juventude. Se Dilma viesse a ser derrubada pela oposição de direita, hipótese ainda longínqua, mas não descartável, estaríamos diante de uma evolução desfavorável da situação política
3 de nov. de 2015
DENÚNCIA SOBRE FECHAMENTO DA MWM EM CANOAS
Nesta quarta-feira (04), no plenário da Assembleia
Legislativa do RS, o deputado Pedro Ruas (PSOL), estará denunciando o
fechamento da segunda maior empresa metalúrgica de Canoas, fabricante dos
motores da S-10 para GM, fábrica de caminhões e centro de distribuição de
peças. Em Canoas, a MWM mantém também uma linha de montagem de caminhões da
marca Navistar International. Depois de receber incentivos fiscais do governo,
a empresa poderá desempregar mais de 1.200 trabalhadores, sendo que 600 já
foram demitidos.
No final de fevereiro, a MWM rompeu contrato e não mais
montará os motores para a General Motors (GM). O contrato com a GM valeria até
2018, mas a montadora irá transferir a construção de motores para a
fábrica da GM em São José dos Campos
em São Paulo. A estratégia da
empresa era vender a fábrica para a montadora chinesa Sinotruk, entre outras
montadoras de caminhões chinesa. Como não avançou a fábrica será fechada.
Gerando desemprego e agravando a situação dos e das trabalhadoras da fábrica.
Existe uma grande omissão do sindicato dos metalúrgicos de Canoas e região,
que ao invés de lutar pelo não fechamento da fábrica aceitou o acordo proposto
pela direção da empresa, o que gerou indignação nos funcionários e funcionárias da
empresa. Segundo o metalúrgico Vitor Luiz Schwertner, os trabalhadores estão
“completamente decepcionados com atuação do sindicato”.
Após dois anos de crise na empresa e ameaça permanente de
demissões em massa, a direção do sindicato nem sequer se manifestou no boletim
da categoria para pelo menos noticiar o que estava acontecendo.
Um dos líderes dos trabalhadores da MWM , o operário Vitor,
destaca ainda que o sindicato dos metalúrgicos não realizou reunião com os
operários e operárias da fábrica, mas avalizou a proposta da direção da fábrica
assim mesmo. Sem ouvir a categoria e se submetendo as regras proposta pela
multinacional.
Segundo a proposta da empresa será concedido um bônus de 2,5
salário mais seis meses de plano de saúde e a liberação da fundo de previdência
privada.
No entanto, os trabalhadores estão dispostos a lutarem para
manutenção de seus empregos. Entre as ações previstas está à realização de
denuncia na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira pelo deputado estadual
Pedro Ruas (PSOL), também será enviada uma representação ao Ministério Público
e a delegacia regional do Ministério do Trabalho.
Outra estratégia dos trabalhadores é a realização de um ato
em frente à prefeitura de Canoas cobrando uma posição da Administração
Municipal diante do fechamento da fábrica que deixará desempregado em torno de
1.200 trabalhadores em sua maioria moradores da cidade.
Segundo Vítor Schwertner, o sindicato negociou com a empresa
duas opções para os trabalhadores : “Se nós queríamos morrer fuzilados no
paredão ou numa câmera de gás. Nós queremos morrer lutando por isso estamos organizando
diversas ações para denunciar e pressionar as autoridades e o sindicato a
tomarem uma posição a favor dos trabalhadores e não a favor da empresa que tem
como proposta apenas a demissão dos operários”.
1 de nov. de 2015
Ótimo resultado eleitoral da FIT na Argentina!
Por Matias Martinez da Direção do PSTU Argentino
No
cenário político surgido das eleições argentinas, a boa notícia notícia para os
trabalhadores e o povo é que a FIT(Frente de Esquerda e dos Trabalhadores) teve
uma boa eleição. O resultado obtido, somado aos resultados obtidos ao longo de
2015, o consolida como alternativa eleitoral de esquerda no país e confirma que
existe um espaço para disputar pela esquerda a ruptura com o Kirchnerismo
expressada nestas eleições.
Os
quase 800.000 votos para presidente( aumentando 300.000 votos em relação a 2011) e os quase 950.000 votos obtidos pela
FIT para deputados nacionais em todo o país, permitiu que superasse o resultado
obtido nas PASO(Eleições primárias, abertas, Simmultâneas e obrigatórias) do
mês de Agosto e conseguir ser a quarta força política do país, colocando a
Frente Progressista de Margarita Stolbizer em quinto lugar e obtendo um novo
mandato na província de Buenos Aires que permitirá contar com 4 deputados da
FIT no Congresso Nacional até 2017.
Frente
a polarização da campanha entre as candidaturas do ajuste(FPV, Cambiemos, UMA)
que arrastaram para si a maioria do eleitorado, a FIT conseguiu resistir a
pressão do voto útil e colocar-se como a única proposta distinta, com um
programa alternativo que colocava uma saída operária e popular perante a crise
nestas eleições. Esta votação é uma conquista dos trabalhadores que devemos
valorizar.
Por
sua vez, é importante destacar que a FIT tem obtido importantes votações em regiões
importantes como a capital de Córdoba com 9%, a capital de Salta com 10%, na
grande Mendoza com 14%, Neuquen com 8%.
A falta de uma campanha
unitária enfraqueceu a FIT
Além
da boa eleição realizada, é importante não cair no exitismo e fazer uma reflexão
sobre os erros cometidos. Em primeiro lugar, não se pode deixar de observar que
em relação a 2013 a FIT perdeu 265.000 votos para deputados nacionais, um pouco
mais de 22% dos votos. Esta tendência já haviamos observado nas PASO e alertado
na páginas do nosso jornal( Avanzada Socialista 93) mas não fomos escutados.
O
PSTU Argentino vem afirmando fraternalmente que a falta de uma campanha
unitária dificulta o desempenho eleitoral da própria FIT. Manifestamos nossa
opinião que a participação nas PASO com duas listas se enfrentando para obter
uma maioria foi um erro e tem se comprovado que se perdeu muita energia no
enfrentamento interno, secundarizando o enfrentamento com os candidatos do
ajuste.
Depois
das eleições primárias tampouco se avançou em mostrar uma campanha unitária de
todas as forças que compõe a FIT. Além de qualquer ato ou conferência de
imprensa conjunta, a campanha seguiu marcada pela autoproclamação e cada força
da FIT fez sua própria campanha. Não foi atendido nosso pedido de convocar todas
as organizações que apoiam o programa da FIT para fazer uma campanha unitária.
Por
sua vez, ficou evidente que as propostas políticas programáticas tem ficado
relegadas em segundo plano frente o objetivo de eleger algum candidato. A
necessidade de obter deputados da esquerda foi o centro da campanha, como um
fim em si mesmo, chegando ao extremo de colocar a eleição para presidente atrás
desse fim. Podemos comprovar isso observando os cartazes e panfletos eleitorais
da campanha.
É
importante obter deputados da FIT e temos que valorizar isso, mas em relação as
eleições anteriores, a campanha esteve mais vazia de conteúdo. Acreditamos que
esses erros nos impediu de aproveitar melhor a campanha e devemos debaté-lo
entre todos que apoiam a FIT.
Inadmissível a proscrição
dos candidatos do PSTU nas listas da FIT
Como
é sabido, apesar da oposição do PSTU Argentino, nas PASO foram apresentadas
duas listas para competir nas internas da FIT, uma liderada pelo companheiro
Del Caño e a outra pelo companheiro
Altamira. Foi acordado que após as PASO se definiriam as listas definitivas
combinando as candidaturas de ambas as listas apresentadas integrando-as
proporcionalmente de acordo com o resultado das internas (de acordo com o
método de D'Hondt).
Com
base neste critério os companheiros do PSTU, José "Moncho" Escobar,
um membro do sindicato SUTEBA Escobar que figurava na lista encabeçada por
Jorge Altamira na PASO como o quarto na lista de candidatos a vereador pelo seu
distrito; e o companheiro Daniel Acuña representante dos professores e
estatais e candidato a Décimo vereador
pela mesma lista em Almirante Brown, seguiriam nas listas finais de seus
distritos, localizados alguns postos mais abaixo.
No
entanto, quando foi conhecida a lista final nenhum dos companheiros estava na
lista. Em seu lugar apareceram companheiros de outras organizações que não correspondiam
a estas candidaturas. Também "desapareceram" candidaturas pelo PSTU
em Tres de Febrero, Avellaneda, San Miguel, que deveria estar nas listas.
Esta
usurpação de candidaturas se deu sem que nossa organização ou nossos
companheiros tivessem tido a mínima consulta . Apesar das repetidas tentativas
de nossa parte, o PSTU não teve acesso a reuniões com os membros da FIT ou
outro mecanismo para resolver este problema.
A
exclusão de nossos candidatos das listas tem causado uma forte oposição e desconforto
entre muitos ativistas independentes e inclusive militantes de partidos
integrantes da FIT.
Nesta
situação, o nosso partido não decidiu relatar o assunto publicamente nesse
momento, já que o nosso objetivo em nenhum momento foi a disputa de cargos ou
por travas, mas promover a campanha eleitoral de maneira unitária.
Agora,
depois das eleições, se fazemos público
a denúncia porque consideramos que estes
métodos burocráticos são inadmissíveis entre aqueles que se consideram
revolucionários e deve ser erradicados das fileiras da esquerda.
Alguns resultados para Deputados Nacionais obtidos pela FIT ( Informe recolhido pelo PSTU RS)
Ciudad de
Buenos Aires: 106.310 votos (5,50%)
Provincia de
Buenos Aires: 389.846 (4,51%)
Mendoza:
123.225 (11,77%)
Córdoba:
119.243 (5,67%)
Jujuy: 17.174
(5,46%)
Neuquén:
27.898 (8,31%)
Salta: 42.255
(6,64%)
Santa Fe:
71.909 (3,84%)
Tucumán:
25.391 (3,22%)
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