Os 50
mil manifestantes que hoje foram as ruas em Porto Alegre enfrentaram-se com a
faceta mais dura do governo de Tarso Genro (PT), sua polícia fortemente armada
que de forma irresponsável e truculenta reprimiu o movimento.
Caiu a máscara do governador: a
tarde promove diálogo, a noite reprime de forma truculenta.
Hoje
fez parte do noticiário nacional o diálogo que o governador Tarso Genro (PT) promoveu
com os manifestantes. Com uma estrutura muito tecnológica dialogou com
jornalistas de diferentes lugares, tudo de forma muito “democrática”. Quem
acompanhou a cobertura não saiu esclaredido sobre a criminalização e repressão
do movimento, pois estas perguntas foram solenemente ignoradas pelo governador.
Para
aqueles que ficaram em dúvida, a noite o comando da Brigada Militar respondeu.
Novamente a polícia impediu a manifestação de 50 mil portoalegrenses de seguir
seu rumo numa das maiores avenidas da capital. E na impossibilidade de conter a
massa a Brigada Militar disparou todo seu arsenal de bombas de gás lacrimogênio
nos manifestantes, que não tinham para onde fugir, já que essa avenida é
cortada por um riacho. O pânico foi generalizado, com muitos manifestantes sufocados
e feridos.
Esse
é o lado mais visível da repressão da capital gaúcha. Mas o dia também foi
marcado por inúmeras denúncias de perseguições e de infiltrações no movimento -
responsáveis muitas vezes pelo quebra-quebra, que depois são utilizados pela
mídia e autoridades para criminalizar os atos.
São
inúmeros os casos de maus tratos aos manifestantes “presos” e perseguições
ocorridas após os atos. A polícia age de forma truculenta, dando “voz de
prissão” sem nenhum motivo. Preso, o manifestante é obrigado a assinar Termos
Circunstanciados e Bolentis de Ocorrências totalmente falsos, que não
correspondem a realidade. Todas essas ações tem um claro objetivo, criminalizar
o movimento e afastá-lo da população. Lutar é direito! Lutar não é crime!
Novamente a mídia alia-se aos
patrões e governos.
Hoje
a população acordou estarrecida com uma notícia divulgada no jornal de maior
circulação do estado, o Zero Hora, do grupo RBS ligado a Globo. A matéria
assinada pelo jornalista Carlos Rollsing trazia
uma calúnia contra grupos organizadores dos protestos, entre eles o PSTU. Dizia
a calúnia perpetrada por esse jornal que os partidos de esquerda teriam
recebido orientações internacionais para agir com técnicas de guerrilha no ato
da noite. Tal matéria tinha o objetivo de novamente criminalizar o movimento e
principalmente criar o medo e o pânico na população. Os 50 mil que saíram as
ruas deram a resposta a essa linha editorial aliada aos governos e patrões e
não ao trabalhadores que controem a riqueza dessa nação.
Fortunati (PDT)
e Tarso (PT) udidos contra os trabalhadores
Enquanto fechamos essa matéria milhares de manifestantes
encontram-se protestando em frente a Prefeitura Municipal. As cenas são de
guerra no centro de Porto Alegre: helicópteros, bombas, cavalaria, correria e
tiros. A Brigada Militar reprime com muita força os manifestantes deixando
muitos feridos com bala de borracha. Não há diálogo na capital gaúcha. Povo na
rua, Fortunati a culpa é tua.
Aliados no Governo Federal, PT e PDT não medem forças na
repressão aos jovens e aos trabalhadores que saem as ruas. Os trabalhadores
munidos de sua arma mais forte, a união, carregam cartazes, faixas e bandeira e
levantam-se da opressão e exploração que pareciam acostumados. A repressão é
dura, porque as pautas dos manifestantes são grandes e colocam em perigo os
governos que dioturnamente estão ao lado do grande empresariado e de seu lucro.
Para a tarifa
mais barata, temos que atacar os lucros e não os impostos.
O movimento teve importantes vitórias nacionais. Como mais
simbólico está a redução do preço da tarifa no Rio de Janeiro e São Paulo. Essa
vitória só foi possível graças ao povo na rua. Porém, com estas vitórias
reapareceram os discursos mais reacionários sobre a questão das isenções de
impostos e da carga tributária. Isso porque ao reduzir as tarifas os governos
não mexeram no bolso dos empresários, atacando seu lucro. Deram ainda mais
isenções de impostos e esses tubarões do transporte. Defendemos o passe livre,
através da estatização do transporte público sob o controle dos trabalhadores!
Exigimos o fim
da repressão e da criminalização dos que saem as ruas. Lutar é direito, lutar
não é crime!
Fortunati, queremos
a imediata redução das tarifas de ônibus na cidade para R$ 2,60!
Lutamos pelo
passe livre nacional! Por um transporte público e de qualidade!
Pela estatização
do transporte público!
Queremos
unificar as lutas, barrar os ataques, avançar nas conquistas, construir uma
cidade e um país para os trabalhadores. Lutamos por um Brasil socialista!
Prezados, a imagem da Tropa de Choque em frente ao prédio da ZH é de minha autoria. Embora a partir do meu perfil, foi salva e recompartilhada milhares de vezes. Obrigada!
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