13 de jul. de 2013

Assembleia deliberou continuar ocupando a Câmara de Vereadores de Porto Alegre



Na assembleia dessa noite, os ocupantes deliberaram por continuar ocupando o plenário da Câmara de Vereadores e construir nesse final de semana um seminário para construção de uma proposta popular para o Passe Livre e a maior transparência das contas das empresas de ônibus.



A proposta do Bloco de Lutas pelo Transporte 100% Público
Ainda era cedo da manhã quando integrantes do Bloco de Lutas reuniram-se para construir uma proposta de reivindicações a ser apresentado para os Vereadores da Capital. A proposta entregue tinha como principais pautas o comprometimento formal dos vereadores com a votação do passe-livre municipal, a abertura das contas das empresas de ônibus, a realização de audiências públicas para avaliar as constas e a quebra do sigilo bancários dos donos das empresas de ônibus.
As pautas foram entregues em mãos em ato público para dois representantes da Casa, entre eles o Presidente da Câmara, Thiago Duarte, colocando o prazo de resposta para segunda-feira (dia 15).

A contra proposta dos Vereadores
Os vereadores construíram uma contra proposta apresentada para o Bloco no final da tarde. Os parlamentares tiveram pressa em responder as reivindicações do bloco, mas parece não terem pressa em coloca-las em prática. No ato de entrega, os ocupados colocaram que tal resposta só seria analisada no final da tarde, em Assembleia Popular, com todos os manifestantes presentes.
Foi no final da tarde também que a presidência da Câmara, junto com o Jornal Zero Hora, tentou construir um factoide, criminalizando o movimento e abrindo espaço para um pedido de reintegração de posse. Esse jornal noticiou em sua página online que o Vereador Thiago Duarte teria sido agredido, juntamente com um fotógrafo da casa, por manifestantes. A notícia colocava que os ocupantes teriam proferido chutes e ponta pés ao parlamentar. Porém, o tiro saiu pela culatra, e a tentativa de manipulação foi logo desmentida (inclusive com vídeo do momento) e a matéria foi sutilmente modificada. 



Uma assembleia mais forte, mais política e com muita unidade!
O factoide construído no final da tarde tinha o objetivo de também dar argumentos a segurança da Câmara de Vereadores para aumentar a repressão aos ocupantes. Às 18 horas quando vários jovens e trabalhadores chegavam a “Casa do Povo” para a assembleia do movimento depararam-se com os portões fechado. Como colocado, o tiro saiu pela culatra, a ação perpetrada para diminuir a ocupação só fez aumentar a rede de solidariedade e aos poucos mais e mais pessoas aglomeravam-se nos portões da Câmara. De dentro, os ocupantes impedidos de sair também tencionavam e às 19 horas os portões foram novamente abertos. Os que chegavam no plenário viam um grupo com tambores e muita agitação cantando: SOMOS, SOMOS O POVO E O PASSE LIVRE OS RICOS VÃO PAGAR.

Com o plenário cheio, deu-se inicio a assembleia com informes de vários sindicatos e colocou-se para debate a proposta apresentada pelos parlamentares. O Bloco solicitava a imediata abertura das contas e o comprometimento real da Casa com a pauta do passe livre. A resposta dos parlamentares foi considerada insuficiente, vaga e dissociada da vontade das ruas. Assim, deliberou-se pela continuidade da ocupação, com a realização de um seminário aberto no sábado e no domingo para construir uma proposta popular de passe livre e de transparência nas contas das empresas de ônibus, que será apresentada em ato-assembleia na segunda-feira.

Vera Guasso, presidente do PSTU RS, fazendo saudação pelo SINDPPD
 
 


Matheus "Gordo", militante do PSTU RS e da ANEL, intervindo na planária




 

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