Dia 11 de julho de 2013, ônibus, Trensurb,
bancos, correios, escolas e lojas pararam na capital dos gaúchos!
Porto
Alegre parou!
A cerca de 15 dias a CSP-Conlutas fez um
chamado ao movimento sindical brasileiro: organizar um grande dia de lutas e
mobilizações em todo país, convocando a classe trabalhadora a ir às ruas, da mesma
forma que a juventude fez. Muitos não acreditaram que o país podia parar,
outros efetivamente trabalharam contra essa possibilidade. Porém, os
trabalhadores sofrem dia-a-dia a penúria, a opressão e a exploração desse
sistema e não têm mais paciência para falsas promessas. Hoje em Porto Alegre
esses trabalhadores produziram a maior greve desde o ano de 1989. Os rodoviários
da capital fizeram greve geral, os metroviários pararam suas atividades às 7
horas da manhã, os bancos e correios não abriram, as escolas e lojas não
funcionaram e em toda região metropolitana foram feitas barricadas,
impossibilitando o trânsito de entrada e saída da cidade. Dia 11 de julho de
2013 o clima na capital gaúcha era de greve geral. Os trabalhadores que hoje
pararam tinham a certeza que é possível vencer!
Contra
a política econômica do governo Dilma!
“Mas a greve abre os olhos dos operários não só quanto
aos capitalistas, mas também no que se refere ao governo e às leis.”
Lênin – Sobre as greves, 1899.
Lênin, colocava
que durante cada greve cresce
e desenvolve-se nos operários a consciência de que o governo é seu inimigo e de
que a classe operária deve preparar-se para lutar contra ele pelos direitos do
povo. Os trabalhadores ao fazerem greve compreendem que sua força reside
justamente no poder de paralizar a produção e assim interromper a criação da
riqueza. Mas ao se chocarem com os patrões, chocam-se também com seus aliados, os
governos que defendem planos ecônomicos que enriquecem o bolso dos patrões,
enquanto eles, os trabalhadores, a cada dia estão em maior carestia.
Enquanto os donos de empreiteiras,
os banqueiros e os tubarões do ensino privado lucram milhões, a população sofre
com um sistema de saúde muito precário, uma educação históricamente sucateada e
um transporte público caro e de péssima qualidade, gerados por uma política econômica
cada vez mais excludente. Hoje, as faixas empunhadas pelos trabalhadores
traziam dizeres como: “contra a política econômica do governo dilma, nenhum
dinheiro para os bancos, mais saúde, educação e transporte”, mostrando que sua
luta é contra os patrões e também os governos.
#OcupaCamaraPOA
Desde a tarde de ontem a
Câmara de Vereadores de Porto Alegre está ocupada por jovens e trabalhadores que
apoiam o Bloco de Lutas pelo Trânsporte Público. O PSTU apoia e constrói o
movimento junto. A ocupação tem como exigência a mediata divulgação das contas
das empresas de ônibus para que a sociedade posso auditar o preço da tarifa e a
luta pelo passe livre já. Nesse momento mais de 400 jovens se encontram no
plenário da Câmara, se organizam de forma independente, contam com o apoio e
solidariedade da população e tem a certeza que somento unidos e organizados
poderão conquistar suas reivindicações.