Por Lucas Sena
Em novembro o conjunto de alimentos de primeira necessidade custava R$ 328,72 na Capital.
O valor da cesta básica em Porto
Alegre subiu 1,18% nesse mês, o que mantém a capital gaúcha em
primeiro lugar no ranking brasileiro de preços da cesta
básica. O valor acumulado do último período é de 14,6%. O reflexo
do reajuste atinge de forma mais intensa as famílias de baixa renda.
A cesta básica representou 52,7% do salário mínimo líquido, o
que, na prática, faz com que as famílias de baixa renda tenham a
maior parte do que ganha consumida pelos meios de subsistência mais
básicos. Uma grande parte da População de Porto Alegre trabalha
apenas para sobreviver.
Dentre os alimentos que tiveram maior
reajuste, o tomate (9,37%) e o açúcar (7,23%) apresentaram maior
alta em relação ao mês anterior. No acumulado dos últimos 12
meses, tomate (46,86% mais caro) e farinha (41,25% mais cara). O
Aumento nos preços dos alimentos é muito superior ao reajuste que a
maior parte da classe trabalhadora recebeu nesse período. É uma
expressão nítida do achatamento das condições de vida dos
trabalhadores que se deparam com um ritmo de trabalho infernal e com
defasagem salarial.
A responsabilidade do alto preço dos
alimentos é essencialmente do Governo Dilma. Esse aumento é um
fenômeno nacional decorrente do papel que o governo tem cumprido em
relação à reforma agrária. O governo Dilma fez muito pouco por
esse tema e tem a política de beneficiar o agronegócio.
A cesta básica da capital é mais uma
expressão de que a cidade é governada para os ricos. O prefeito
Fortunati vem realizando um processo de remoção de inúmeras
comunidades, além da privatização de espaços públicos.
Fortunati, que já foi derrotado nas ruas na luta contra o aumento da
passagem, precisa ser derrotado novamente. Para isso, é preciso uma
unidade dos movimentos sociais no combate ao governo de conjunto.
Nós defendemos o congelamento dos
preços dos alimentos, o aumento geral dos salários e uma profunda
reforma agrária que derrote o latifúndio, para que tenhamos uma
produção alimentar a serviço dos trabalhadores.