É preciso construir uma grande GREVE GERAL
UNIFICADA dos servidores estaduais para derrotar o ajuste fiscal dos dois
O bloqueio das contas do Rio Grande do Sul pelo Governo Dilma expõe de maneira contundente o problema da dívida pública no país. O Ministro Joaquim Levy, em diversas declarações, deixou claro que o governo federal não pode permitir o precedente do atraso no pagamento da dívida interna, sob pena de prejudicar a imagem do Brasil perante as agências de risco internacionais como a Moody´s. O Brasil não pode ficar com a imagem de mal pagador frente aos grandes banqueiros e o mercado financeiro, o que, segundo o governo, diminuiria ainda mais os investimentos no país.
A
verdade é que a dívida externa brasileira que retira do nosso país
bilhões de reais que deveriam estar a serviço dos trabalhadores consome
grande parte do orçamento da União, estados e municípios. O Governo
Dilma (PT) mostra toda a sua subserviência aos interesses dos capitalistas
e dos banqueiros. Para pagar a dívida, vale piorar a qualidade dos
serviços públicos e atrasar os pagamentos dos servidores. O bloqueio
nas contas do RS significa que o estado não pode ter mais nenhum gasto
em saúde, educação,
segurança e folha de pagamento, enquanto não se alcançar os 260 milhões de
reais
da parcela que venceu da dívida com a União que, por sua vez, vai pagar
aos credores internacionais da dívida externa brasileira.
O
pagamento da dívida para os banqueiros feitas por Dilma e
Sartori (PMDB)
prejudica diretamente os trabalhadores gaúchos que necessitam dos
serviços
públicos. O Governo Sartori, neste momento, deve cerca de 113 milhões
aos
Hospitais e Casas de Saúde referentes a repasse de verbas. Por causa da
falta de dinheiro estamos observando que vários hospitais no estado
estão deixando de atender o
SUS. Tudo caminha para uma situação de caos na saúde. As Escolas começam
a não
ter verba para as questões mais básicas e o
funcionalismo estadual continua ameaçado de
não receber seu salário em dia no próximo mês.
Existe
uma outra opção para o Governo Dilma e Sartori que é não
pagar a dívida, pagar aos servidores e ainda investir nos serviços públicos
que estão precarizados, defendendo assim os interesses dos trabalhadores. Porém,
esse cenário não está colocado. É nas costas dos trabalhadores que os governos querem colocar a culpa da crise. Dilma
acena para um grande acordo com Renan Calheiros (PMDB) sobre a chamada
“Agenda
Brasil”, que nada mais significa do que aprofundar o ajuste fiscal e o
corte de
direitos. Assim como Sartori prepara ataques profundos aos
servidores, tais como o desmonte do IPE, o parcelamento dos salários, o arrocho
salarial de três anos, o fim de várias fundações como a Zoobotânica e vários
outros projetos que significam ataques aos direitos dos trabalhadores e da população em geral.
Perante os ataques de Dilma e
Sartori, o PSTU defende que é preciso construir, a partir do dia 18 de agosto, uma grande GREVE GERAL
UNIFICADA dos servidores estaduais para derrotar o ajuste fiscal dos dois, bem como os seus pacotes de maldades. Somente a mobilização dos servidores estaduais pode derrotar os duros ataques que estão colocados.
O PSTU propõe ainda a ruptura com
o pagamento da Dívida Pública ilegítima de 60 bilhões de reais que consome
grande parte do orçamento do governo para ter dinheiro para saúde, educação,
segurança e pagar o salário dos servidores.