21 de jun. de 2013

20 DE JUNHO FOI GIGANTE!




Os 50 mil manifestantes que hoje foram as ruas em Porto Alegre enfrentaram-se com a faceta mais dura do governo de Tarso Genro (PT), sua polícia fortemente armada que de forma irresponsável e truculenta reprimiu o movimento.

Caiu a máscara do governador: a tarde promove diálogo, a noite reprime de forma truculenta.
Hoje fez parte do noticiário nacional o diálogo que o governador Tarso Genro (PT) promoveu com os manifestantes. Com uma estrutura muito tecnológica dialogou com jornalistas de diferentes lugares, tudo de forma muito “democrática”. Quem acompanhou a cobertura não saiu esclaredido sobre a criminalização e repressão do movimento, pois estas perguntas foram solenemente ignoradas pelo governador.
Para aqueles que ficaram em dúvida, a noite o comando da Brigada Militar respondeu. Novamente a polícia impediu a manifestação de 50 mil portoalegrenses de seguir seu rumo numa das maiores avenidas da capital. E na impossibilidade de conter a massa a Brigada Militar disparou todo seu arsenal de bombas de gás lacrimogênio nos manifestantes, que não tinham para onde fugir, já que essa avenida é cortada por um riacho. O pânico foi generalizado, com muitos manifestantes sufocados e feridos.
Esse é o lado mais visível da repressão da capital gaúcha. Mas o dia também foi marcado por inúmeras denúncias de perseguições e de infiltrações no movimento - responsáveis muitas vezes pelo quebra-quebra, que depois são utilizados pela mídia e autoridades para criminalizar os atos.
São inúmeros os casos de maus tratos aos manifestantes “presos” e perseguições ocorridas após os atos. A polícia age de forma truculenta, dando “voz de prissão” sem nenhum motivo. Preso, o manifestante é obrigado a assinar Termos Circunstanciados e Bolentis de Ocorrências totalmente falsos, que não correspondem a realidade. Todas essas ações tem um claro objetivo, criminalizar o movimento e afastá-lo da população. Lutar é direito! Lutar não é crime!



Novamente a mídia alia-se aos patrões e governos.
Hoje a população acordou estarrecida com uma notícia divulgada no jornal de maior circulação do estado, o Zero Hora, do grupo RBS ligado a Globo. A matéria assinada pelo jornalista Carlos Rollsing trazia uma calúnia contra grupos organizadores dos protestos, entre eles o PSTU. Dizia a calúnia perpetrada por esse jornal que os partidos de esquerda teriam recebido orientações internacionais para agir com técnicas de guerrilha no ato da noite. Tal matéria tinha o objetivo de novamente criminalizar o movimento e principalmente criar o medo e o pânico na população. Os 50 mil que saíram as ruas deram a resposta a essa linha editorial aliada aos governos e patrões e não ao trabalhadores que controem a riqueza dessa nação.

Fortunati (PDT) e Tarso (PT) udidos contra os trabalhadores
Enquanto fechamos essa matéria milhares de manifestantes encontram-se protestando em frente a Prefeitura Municipal. As cenas são de guerra no centro de Porto Alegre: helicópteros, bombas, cavalaria, correria e tiros. A Brigada Militar reprime com muita força os manifestantes deixando muitos feridos com bala de borracha. Não há diálogo na capital gaúcha. Povo na rua, Fortunati a culpa é tua.
Aliados no Governo Federal, PT e PDT não medem forças na repressão aos jovens e aos trabalhadores que saem as ruas. Os trabalhadores munidos de sua arma mais forte, a união, carregam cartazes, faixas e bandeira e levantam-se da opressão e exploração que pareciam acostumados. A repressão é dura, porque as pautas dos manifestantes são grandes e colocam em perigo os governos que dioturnamente estão ao lado do grande empresariado e de seu lucro.

Para a tarifa mais barata, temos que atacar os lucros e não os impostos.
O movimento teve importantes vitórias nacionais. Como mais simbólico está a redução do preço da tarifa no Rio de Janeiro e São Paulo. Essa vitória só foi possível graças ao povo na rua. Porém, com estas vitórias reapareceram os discursos mais reacionários sobre a questão das isenções de impostos e da carga tributária. Isso porque ao reduzir as tarifas os governos não mexeram no bolso dos empresários, atacando seu lucro. Deram ainda mais isenções de impostos e esses tubarões do transporte. Defendemos o passe livre, através da estatização do transporte público sob o controle dos trabalhadores!

Exigimos o fim da repressão e da criminalização dos que saem as ruas. Lutar é direito, lutar não é crime!

Fortunati, queremos a imediata redução das tarifas de ônibus na cidade para R$ 2,60!

Lutamos pelo passe livre nacional! Por um transporte público e de qualidade!

Pela estatização do transporte público!

Queremos unificar as lutas, barrar os ataques, avançar nas conquistas, construir uma cidade e um país para os trabalhadores. Lutamos por um Brasil socialista!


Um comentário :

  1. Prezados, a imagem da Tropa de Choque em frente ao prédio da ZH é de minha autoria. Embora a partir do meu perfil, foi salva e recompartilhada milhares de vezes. Obrigada!

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