22 de ago. de 2015

O Tarifaço de Sartori: Mais um ataque ao conjunto dos trabalhadores!

Por Rodrigo Bocão da Direção Estadual do PSTU RS

Foi anunciado nesta quinta-feira(20/08) o quarto pacote de ajuste fiscal do Governo Sartori. Com a justificativa de aumentar a arrecadação do estado em R$ 1,869 Bilhões e ajudar a resolver o déficit das finanças públicas, o governo estadual propõe aumentar a alíquota do ICMS, dos impostos para combustíveis, cerveja, refrigerantes, telefonia e energia elétrica.

Mais uma vez Sartori coloca os trabalhadores para pagar a conta da crise. Afinal de contas os empresários vão colocar o aumento dos impostos no preço final do produto prejudicando os trabalhadores. Como se não bastasse o peso da inflação de quase 10%, o Governo quer aumentar ainda mais o preço dos produtos penalizando os trabalhadores que já estão no sufoco. Quem vai pagar a conta é o trabalhador e não os grandes empresários, banqueiros e latifundiários que vivem da exploração do trabalho e tiveram grandes lucros nos últimos anos. Repete assim no Rio Grande do Sul, o tarifaço feito por Dilma (PT) no início do ano com o aumento da luz, combustíveis e impostos.


O PSTU é contra o aumento dos impostos que penalizam os trabalhadores e propõe como medida para resolver o problema da crise duas ações que cobririam o déficit do estado aumentando a arrecadação que é a suspensão do pagamento da dívida pública com a União, que hoje está no motante de 60 bilhões, e o fim das isenções fiscais e combate a sonegação de impostos que gerariam mais cerca de 16 bilhões por ano. Para isso acontecer, evidentemente, é preciso enfrentar os interesses dos grandes empresários, algo que Sartori não vai fazer devido aos seus compromissos com a grande burguesia gaúcha representada no seu governo pelo seu vice Cairoli.


O Parcelamento dos salários vai acontecer novamente. A Saída é uma grande Greve Geral do funcionalismo para derrotar o ajuste de Sartori/Dilma.

Os grandes veículos de comunicação já anunciam como inevitável o parcelamento dos salários dos servidores. O cenário pode ser de pagamento de 500 reais para todos os servidores no último dia útil do mês. Como se não bastasse cortar o ponto dos servidores em uma greve deliberada nas maiores assembléias dos últimos anos dos servidores, Sartori sinaliza mais uma vez com o parcelamento dos salários.

Os números indicam uma paralisação muito forte das escolas, delegacias fechadas, servidores estaduais parados na saúde, fundações. Uma greve muito forte vem sendo construída pela base, apesar das direções não terem feito nenhuma ação de visibilidade da greve nesses três dias, o que daria mais projeção a paralisação.

Frente ao ataque anunciado de mais um parcelamento de salários e o tarifaço do Sartori com o quarto projeto de ajuste fiscal é praticamente certa a volta da greve nos dias 31 de agosto, 1, 2 e 3 de setembro.

 As direções majoritárias da Coordenação Unificada dos Servidores dirigida pela CUT já acenam para uma greve intercalada de três dias. Consideramos esse um grave erro que pode levar a categoria a uma derrota. Caso Sartori consiga aprovar em regime de urgência seus projetos de ajuste fiscal vamos ter arrocho salarial, extinção de fundações e o desmonte do IPE no próximo período. Mais do que nunca a Greve Geral para derrotar o Governo Sartori é uma necessidade do movimento e a única forma de fazer recuar os ataques do governo.

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