14 de ago. de 2015

Sobre o bloqueio de contas do RS pelo Governo Dilma e a necessidade de Não pagar a dívida interna e externa


É preciso construir uma grande GREVE GERAL UNIFICADA dos servidores estaduais para derrotar o ajuste fiscal dos dois

O bloqueio das contas do Rio Grande do Sul pelo Governo Dilma expõe de maneira contundente o problema da dívida pública no país. O Ministro Joaquim Levy, em diversas declarações, deixou claro que o governo federal não pode permitir o precedente do atraso no pagamento da dívida interna, sob pena de prejudicar a imagem do Brasil perante as agências de risco internacionais como a Moody´s. O Brasil não pode ficar com a imagem de mal pagador frente aos grandes banqueiros e o mercado financeiro, o que, segundo o governo, diminuiria ainda mais os investimentos no país.

A verdade é que a dívida externa brasileira que retira do nosso país bilhões de reais que deveriam estar a serviço dos trabalhadores consome grande parte do orçamento da União, estados e municípios. O Governo Dilma (PT) mostra toda a sua subserviência aos interesses dos capitalistas e dos banqueiros. Para pagar a dívida, vale piorar a qualidade dos serviços públicos e atrasar os pagamentos dos servidores. O bloqueio nas contas do RS significa que o estado não pode ter mais nenhum gasto em saúde, educação, segurança e folha de pagamento, enquanto não se alcançar os 260 milhões de reais da parcela que venceu da dívida com a União que, por sua vez, vai pagar aos credores internacionais da dívida externa brasileira.

O pagamento da dívida para os banqueiros feitas por Dilma e Sartori (PMDB) prejudica diretamente os trabalhadores gaúchos que necessitam dos serviços públicos. O Governo Sartori, neste momento, deve cerca de 113 milhões aos Hospitais e Casas de Saúde referentes a repasse de verbas. Por causa da falta de dinheiro estamos observando que vários hospitais no estado estão deixando de atender o SUS. Tudo caminha para uma situação de caos na saúde. As Escolas começam a não ter verba para as questões mais básicas e o funcionalismo estadual continua ameaçado de não receber seu salário em dia no próximo mês.

Existe uma outra opção para o Governo Dilma e Sartori que é não pagar a dívida, pagar aos servidores e ainda investir nos serviços públicos que estão precarizados, defendendo assim os interesses dos trabalhadores. Porém, esse cenário não está colocado. É nas costas dos trabalhadores que os governos querem colocar a culpa da crise. Dilma acena para um grande acordo com Renan Calheiros (PMDB) sobre a chamada “Agenda Brasil”, que nada mais significa do que aprofundar o ajuste fiscal e o corte de direitos. Assim como Sartori prepara ataques profundos aos servidores, tais como o desmonte do IPE, o parcelamento dos salários, o arrocho salarial de três anos, o fim de várias fundações como a Zoobotânica e vários outros projetos que significam ataques aos direitos dos trabalhadores e da população em geral.

Perante os ataques de Dilma e Sartori, o PSTU defende que é preciso construir, a partir do dia 18 de agosto, uma grande GREVE GERAL UNIFICADA dos servidores estaduais para derrotar o ajuste fiscal dos dois, bem como os seus pacotes de maldades. Somente a mobilização dos servidores estaduais pode derrotar os duros ataques que estão colocados.

O PSTU propõe ainda a ruptura com o pagamento da Dívida Pública ilegítima de 60 bilhões de reais que consome grande parte do orçamento do governo para ter dinheiro para saúde, educação, segurança e pagar o salário dos servidores.
 


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