2 de jun. de 2015

Paralisações de 29 de maio superam o 15 de abril e preparam a greve geral


Seguimos construindo uma greve geral que mostre a força que têm os trabalhadores

Metalúrgicos, trabalhadores em educação, servidores públicos, bancários, petroleiros, metroviários e rodoviários parados, com paralisações parciais dos trabalhadores da informática. Foi assim em Porto Alegre e em outras cidades gaúchas que se somaram às mobilizações e protestos ocorridos de norte a sul do país nesse 29 de maio. Uma Paralisação Nacional que superou o dia 15 de abril e constrói, junto com os trabalhadores, uma greve geral no Brasil.
O dia foi definido por várias centrais sindicais, dentre elas a CSP-Conlutas, a CTB, a CUT e a Intersindical, além de inúmeros movimentos sociais e entidades de todo o país. Essa unidade teve objetivos comuns: ser contra as medidas do governo Dilma e do Congresso Nacional que retira direitos e joga a culpa da crise nas costas dos trabalhadores.
Em Porto Alegre todas as empresas de ônibus pararam no início da manhã, mas a repressão policial – com aval e comando da justiça burguesa – ameaçou os motoristas e cobradores e os fez voltar ao trabalho. A Carris ainda se manteve até às 8h30 com os trabalhadores e manifestantes enfrentando o sindicato e o Batalhão de Choque. Na Trensurb, os trabalhadores descumpriram a ação judicial e fecharam as portas das estações, parando 100% durante todo o dia. Os trabalhadores em educação do estado aderiram à paralisação e os servidores municipais que estão em greve há mais de dez dias também estiveram presentes nessa luta.
 
 

Repressão policial em frente à Carris
 
Em Canoas, região metropolitana da capital, as empresas de ônibus Sogal e Vicasa pararam boa parte da manhã e os petroleiros da Refap trancaram a BR 116. Além disso, vários atos ocorreram nas fábricas e metalúrgicas da cidade, fazendo com que a luta dos trabalhadores e trabalhadoras ganhasse peso.
 
Vicasa e Sogal pararam
 
Os municipários de Novo Hamburgo, em greve há um mês, se mantiveram firmes na luta e aderiram também à paralisação. Em São Leopoldo não houve aula nas escolas e os professores se concentraram em parte na frente da Prefeitura, enquanto muitos ocuparam, desde o dia anterior, até o meio da tarde de sexta, o prédio da Secretaria de Educação do município.
Os trabalhadores do transporte público de Passo Fundo, região norte do estado, também foram protagonistas nesse dia, quando nenhum ônibus das empresas COLEURB, CODEPAS e TRANSPASSO saiu das garagens até o meio-dia.


Trabalhadores de Transporte pararam também em Passo Fundo

 
À tarde, um grande ato reuniu em Porto Alegre cerca de 5 mil pessoas em uma manifestação que foi ganhando a adesão de diferentes categorias durante a marcha pelo centro da cidade, saindo da Fecomércio, na Alberto Bins e seguindo até o Palácio Piratini.


Ato no Centro de Porto Alegre
 

O PSTU esteve em todos os protestos, ao lado dos trabalhadores e apoiando essas lutas. É dessa forma, parando o país, que vamos juntos, trabalhadores e trabalhadoras, conseguir barrar os ataques aos nossos direitos. Queremos a revogação imediata das MPs 664 e 665, e do ajuste fiscal do governo Dilma, bem como o arquivamento da PL 4330 das terceirizações (que agora tramita no Senado como PLC 30).

Presidente Estadual do PSTU, Vera Guasso na Carris
 
 
Fazemos um chamado às centrais sindicais que são contra os ataques de Dilma e da direita que rompam com os governos, sejam independentes e estejam ao lado da classe trabalhadora em todas as lutas. Somos completamente a favor de uma unidade de ação com as centrais sindicais, desde que as mesmas defendam apenas os interesses dos trabalhadores, com coerência entre o discurso e a prática. Para tanto, é necessário que a CUT atue de maneira mais incisiva, principalmente no setor industrial, mobilizando operários para lutar contra os ataques dos governos e dos patrões. Vamos dar continuidade a essa luta, exigindo que não retirem direitos tão duramente conquistados por nós.

Seguimos agora construindo uma greve geral que mostre a força que têm os trabalhadores!

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